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Conceitos básicos de história alternativa

As histórias alternativas constituem uma das temáticas mais caras ao aficionado de ficção científica e fantasia.  Além disso, é um dos subgêneros da FC&F mais em voga nas últimas décadas.  As histórias alternativas também atraem um segmento dos amantes de romances históricos, que eventualmente se tornam novos apreciadores de FC em geral.  Apreciadores de literatura fantástica apaixonados por História são os mais propensos a se interessar pelos enredos de H.A.

Ponto de Divergência, Linha Histórica Alternativa

Cumpre, então, definir o que é uma história alternativa.

O termo “história alternativa” é comumente empregado para se referir a enredos que se passam em um planeta em que as histórias geológica, biológica e humana ocorreram exatamente como em nosso mundo, até determinado instante.  Nesse ponto nevrálgico a história do mundo “saiu dos trilhos”, por assim dizer; ou seja, houve um evento que aconteceu de um modo na nossa história e de um modo diverso nessa outra história, a partir desse ponto dita “alternativa”.  Esta posição específica do espaçotempo é designada “ponto de divergência”.  Este instante do passado onde o curso da história diverge, desviando-se dos caminhos registrados em nos livros de história, para trilhar por um novo leito, que desbrava terrenos virgens de possibilidades não exploradas pela humanidade existente em nosso continuum, é considerado por cultores e estudiosos do subgênero como o elemento fundamental do argumento de história alternativa.

A partir do ponto de divergência, a sequência dos eventos históricos diverge cada vez mais daquela que define nossa própria linha histórica, estabelecendo, portanto, uma “linha histórica alternativa”.

Normalmente, o ponto de divergência se situa num determinado ponto da história humana, embora existam trabalhos em que o autor preferiu colocar o seu ponto de divergência em épocas remotas da história geológica ou biológica terrestre.  De qualquer modo, as diferenças advindas desse “descarrilamento” constituem na maioria das vezes boa parte do atrativo e do charme de uma peça ficcional de história alternativa.

Ao contrário do efeito de estabilização a longo prazo, advogado por Isaac Asimov em seu romance de viagens temporais O Fim da Eternidade (1955), a grande maioria dos autores de história alternativa parece admitir uma espécie de “efeito bola-de-neve”, ou seja, a diferença entre as histórias real e alternativa é tanto maior, quanto mais distante do ponto de divergência em direção ao futuro se situar a narrativa, exatamente como uma bola de neve que cresce à medida que rola ribanceira abaixo.  Uma vez aceita a hipótese de que é mais fácil extrapolar uma história alternativa distante um ou dois séculos do ponto de divergência do que uma outra, onde o curso da história foi alterado há milênios, é fácil compreender porque a maioria esmagadora dos autores de história alternativa prefere situar os pontos de divergência dos seus trabalhos em períodos relativamente próximos da época em que a ação se desenrola e também mais próximos da época em que a narrativa foi escrita.[1]  Desta forma, existem muito mais enredos sobre Guerras de Secessão Alternativas ou vitórias nazistas na Segunda Guerra Mundial, do que sobre Estados Romanos Mundiais ou culturas pré-colombianas sobrevivendo à chegada dos europeus à América.

Em muitos trabalhos de ficção científica, cursos históricos alternativos são gerados comumente por travessuras indevidas, propositais ou não, de viajantes temporais.  Uma vez no passado, esses viajantes desencadeariam autênticos festivais de paradoxos positivo-negativos, produzindo pontos de divergência, ora para criar uma linha histórica alternativa em detrimento da nossa; ora para destruí-la, dando origem ao mundo tal como conhecemos.  Um exemplo clássico é o conto “Reboar do Trovão” (“A Sound of Thunder”, 1953) de Ray Bradbury, onde o participante de um safári mesozoico, ao invés de disparar contra um tiranossauro, esmaga uma borboleta sob a sola de sua bota.  Como resultado, ao regressar ao presente, depara-se com os EUA sob um governo totalitário.  Um trabalho interessante, conquanto histórica e cientificamente implausível.

Mundos Paralelos vs. Histórias Alternativas

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Referências

Apêndice A

Relação de Histórias Alternativas em Português

A relação abaixo inclui apenas trabalhos de história alternativa e ficção alternativa publicados profissionalmente.

Os títulos originais das obras serão dados entre parênteses sempre que as traduções deturparem os significados pretendidos pelos autores.

Os nomes dos autores foram mantidos exatamente conforme apareceram nas publicações citadas.  Assim, por exemplo, os trabalhos que publiquei sob meu pseudônimo “Carla Cristina Pereira” aparecem sob esse nome.

Aguiar, João: “Seis Momentos em Tempo Real”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).

Aldiss, Brian: Frankenstein Libertado, Coleção Argonauta Nº 369, Livros do Brasil (1988).  Tradução: Eurico Fonseca.

Anderson, Poul: “Delenda Est”, in Os Guardiões do Tempo, Francisco Alves (1984).  Tradução: Reinaldo Guarany.

Aragão, Octávio: “Eu Matei Paolo Rossi”, in Outras Copas, Outros Mundos, antologista: Marcello Simão Branco, Ano-Luz (1998).

Aragão, Octavio: “A Fazenda-Relógio”, in Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro e Luís Filipe Silva, Draco (2010).

Aragão, Octavio: “O Dia em que Virgulino Cortou o Rabo da Cobra Sem Fim com o Chuço Excomungado”, in Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2011)

Barbet, Pierre: Os Cruzados do Espaço (Baphomet’s Meteor), Coleção Argonauta Nº 258, Livros do Brasil (1980).  Tradução: Eurico Fonseca.

Barcellos, Roberval: “Primeiro de Abril”, in Phantastica Brasiliana, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro & Carlos Orsi Martinho, Ano-Luz (2000).

Barcia, Jacques: “Uma Vida Possível Atrás das Barricadas”, in Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário, antologista: Gianpaolo Celli, Tarja Editorial (2009).

Barreiros, João: A Verdadeira Invasão dos Marcianos, Editorial Presença (2004).

Bertolotto, Rodrigo; Rodrigo Bueno e Sérgio Teixeira Jr.: “As Copas Que Não Aconteceram” (não-ficção), in Folha de São Paulo, reportagem especial do caderno “Esporte” na edição de 9 de novembro de 1997.

Bester, Alfred: “Os Assassinos de Maomé”, in Viajantes no Tempo, Panorama (1970).  Tradução: Eduardo Saló.

Bradbury, Ray: “O Reboar do Trovão”, in Ficção Científica Para Quem Não Gosta de Ficção Científica, antologista: Terry Carr, O Cruzeiro (1969).  Tradução: Edgar Costa Moreira.  Existem outras edições, algumas sob títulos traduzidos diferentes do citado.

Candeias, Jorge: “Unidade em Chamas”, in Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro e Luís Filipe Silva, Draco (2010).

_______________: “Só a Morte te Resgata”, in Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2011)

Castro, Ruy: Bilac Vê Estrelas, Companhia das Letras (2004).

Castro, Sid: “Cobra de Fogo”, in Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2011)

Castro, Sid: “Notícias de Marte”, in Vaporpunk: Novos Documentos de uma Pitoresca Época Steampunk, antologistas: Fábio Fernandes e Romeu Martins, Draco (2014).

Causo, Roberto de Sousa: “A Vitória dos Minúsculos”, in Nossas Edições # 4 (1996) editor: Márcio França Rangel.

Causo, Roberto de Sousa: “O Plano de Robida: un Voyage Extraordinaire”, in Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário, antologista: Gianpaolo Celli, Tarja Editorial (2009).

Causo, Roberto de Sousa: Selva Brasil, Draco (2010).

Chalker, Jack L.: “A Orquestra de Danças do Titanic”, in Asimov: O Melhor da Ficção Científica, antologista: George Scithers, Expressão e Cultura (1973).  Tradução: César Tozzi.

Costa, Antonio Luiz M.C.: “Outros Quinhentos”, in CartaCapital # 121 (2000), editor: Bob Fernandes.

___________________: “A Flor do Estrume”, in Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário, antologista: Gianpaolo Celli, Tarja Editorial (2009).

___________________: “Ao Perdedor, as Baratas”, in Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época, antologista: Gerson Lodi Ribeiro, Draco (2011).

___________________: “Palestra de Lançamento”, in Fantástica Literatura Queer: Volume Amarelo, antologistas: Cristina Lasaitis & Rober Pinheiro, Tarja Editorial (2012).

___________________: “Era uma Vez um Mundo”, in Solarpunk: Histórias ecológicas e fantásticas em um mundo sustentável, antologista: Gerson Lodi Ribeiro, Draco (2012).

___________________: “Ainda Além de Taprobana”, in Dinossauros, antologista: Gerson Lodi Ribeiro, Draco (2016).

___________________: “O Padre, o Doutor e os Diabos que os Carregaram”, in Brasil Fantástico: Lendas de um país sobrenatural, antologistas: Clinton Davisson, Grazielle de Marco & Maria Georgina de Souza, Draco (2013).

Costa, Antonio Luiz M.C.: “Jaya e o Enigma de Pala”, in Super-Heróis, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro & Luiz Felipe Vasques, Draco (2013).

De Camp, L. Sprague: A Luz e as Trevas (Lest Darkness Fall), Coleção Argonauta Nº 361, Livros do Brasil (1987).  Tradução: Eurico Fonseca.

Deighton, Len: SS-GB, Civilização Brasileira (1982).  Tradução: Roberto Raposo.

Dick, Philip K.: Fenda no Espaço, Europa-América (1984).  Tradução: Elisabeth Maria Jesus de Souza.

Dick, Philip K.: O Homem do Castelo Alto, Brasiliense (1985).  Tradução: Sílvia Escorel.

Dutra, Daniel I.: “Uma Sombra do Passado”, in A História é Outra, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco, no prelo.

Effinger, George Alec: “Tudo Menos a Honra” in Isaac Asimov Magazine de Ficção Científica # 6 (1990) , editor: Ronaldo Sérgio de Biasi.  Tradução: Ícaro S. França.

Ellis, Warren; Chris Weston & Laura Martin: Ministério do Espaço, Devir (2014).  Tradução: Marquito Maia.

Farmer, Philip José: O Outro Diário de Phileas Fogg, Global (1974).  Tradução: Lauro S. Blandy.

Farmer, Philip José: Universos Paralelos (Two Hawks from Earth), Coleção Argonauta Nº 343, Livros do Brasil (1986).  Tradução: Eurico Fonseca.

Fernandes, Fábio: “Para Nunca Mais Ter Medo”, in Dragão Brasil # 11 (1995), editor: Marcelo Cassaro.

________________: “O Nascimento do Livre Arbítrio”, in Quark # 11 (2000), editor: Marcello Baldini.

________________: Back in the USSR, eBook (Draco, 2013).

Fernandes, Fábio: “A Vingança da Ampulheta”, in Intempol — uma Antologia de Contos sobre Viagens no Tempo, antologista: Octavio Aragão, Ano-Luz (2000).

Fernandes, Fábio: “O Alferes de Ferro”, in Vaporpunk: Novos Documentos de uma Pitoresca Época Steampunk, antologistas: Fábio Fernandes e Romeu Martins, Draco (2014).

Freitag, David L.: “Prestes João no Ano do Elefante”, in Phantastica Brasiliana, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro & Carlos Orsi Martinho, Ano-Luz (2000).

Garrett, Randall: O Tempo da Magia (Too Many Magicians), Coleção Argonauta Nº 271, Livros do Brasil (1980).  Tradução: Eurico Fonseca.

Gibson, William: “O Contínuo de Gernsback”, in Reflexos do Futuro, antologista: Bruce Sterling, Coleção Argonauta Nº 376, Livros do Brasil (1989).  Tradução: Eduardo Saló.

Gibson, William & Bruce Sterling: A Máquina Diferencial (The Difference Engine), Aleph (2015).  Tradução: Ludmila Hashimoto.

Gonzalez, David M.: “A Esquadra Fantasma”, in Erótica Steampunk, antologista: Tatiana Ruiz, Ornitorrinco (2013).

Harris, Robert: Pátria Amada (Fatherland), Record (1993).  Tradução: A.B. Pinheiro de Lemos.

Harrison, Harry: A Oeste do Éden, Gradiva (1986).  Tradução: Ana Maria Falcão.

Kazantzakis, Nikos: A Última Tentação de Cristo, Ré (1978).  Tradução: António Correia de Pinhoas.

Koontz, Dean R.: O Guardião (The Lighting), Record (1988).  Tradução: Aulyde Soares Rodrigues.

Kornbluth, Cyril M.: “Dois Destinos”.  In: Para Além do Futuro, Coleção Argonauta Nº 250, Livros do Brasil (1977).  Tradução: Eurico Fonseca.

Laumer, Keith: Mundo Alternante (Worlds of the Imperium), Coleção Argonauta Nº 149, Livros do Brasil (1969).  Tradução: Eurico Fonseca.

Leiber, Fritz: A História é Outra (The Big Time), Expressão e Cultura (1973).  Tradução: José Sanz.

Lemos, Cirilo S.: “Auto do Extermínio”, in Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2011).

________________: E de Extermínio, Draco (2015).

Lívio, Tito: História de Roma (Ab Urbe Condita Libri) (não-ficção), seis volumes. Paumape (1990).  Tradução e notas: Paulo Matos Peixoto.

Lodi-Ribeiro, Gerson: “A Ética da Traição”, in Isaac Asimov Magazine de Ficção Científica # 25 (1993) editor: Ronaldo Sérgio de Biasi.  Também in O Atlântico Tem Duas Margens, antologista: José Manuel Morais, Editorial Caminho (1992).  Em francês – “L’Ethique d’une Trahison”, Antarès # 41/42 – Special Courts Romans Ed. (1992), antologista: Jean-Pierre Moumon.  Tradução: Jean-Pierre Moumon.  Também in Outros Brasis, Mercuryo (2006).

__________________: “Crimes Patrióticos”, in O Vampiro de Nova Holanda, Editorial Caminho (1998) e Fronteiras / Frontiers – Antologia dos Terceiros Encontros de FC&F de Cascais, antologistas: Maria Augusta Geada e António de Macedo, Simetria (1998) (edição bilíngue português-inglês).  Em inglês: “Patriotic Crimes”.  Tradução: Judy Grevan.  Também in Outros Brasis, Mercuryo (2006).

Lodi-Ribeiro, Gerson: Aventuras do Vampiro de Palmares, Draco (2014).

__________________: “O Vampiro de Nova Holanda”, in O Vampiro de Nova Holanda, Editorial Caminho (1998).  Também in Outros Brasis, Mercuryo (2006).  Também in Aventuras do Vampiro de Palmares, Draco (2014).  Também in Aventuras do Vampiro de Palmares, Draco (2014).

__________________: “Assessor Para Assuntos Fúnebres”, in Outras Histórias…, Editorial Caminho (1997).  Também in Outros Brasis, Mercuryo (2006).  Também in Aventuras do Vampiro de Palmares, Draco (2014).

__________________: “Pátrias de Chuteiras”, in Outras Copas, Outros Mundos, antologista: Marcello Simão Branco, Ano-Luz (1998).

__________________: A Traição de Palmares, Writers (1999).

__________________: “Capitão Diabo das Geraes”, in Phantastica Brasiliana, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro & Carlos Orsi Martinho, Ano-Luz (2000).  Também in Aventuras do Vampiro de Palmares, Draco (2014).

__________________: “Consciência de Ébano”, in Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro & Luís Filipe Silva, Draco (2010).

__________________: “Azul Cobalto e o Enigma”, in Solarpunk: Histórias ecológicas e fantásticas em um mundo sustentável, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2012).

__________________: “Crepúsculo Matutino”, in Aventuras do Vampiro de Palmares, Draco (2014).

__________________: “Morcego do Mar”, in Aventuras do Vampiro de Palmares, Draco (2014).

Lodi-Ribeiro, Gerson: “O Preço da Sanidade”, in Outras Histórias…, Editorial Caminho (1997).

Lodi-Ribeiro, Gerson: “Missão Secundária”, in Efeitos Secundários / Side Effects – Antologia dos Segundos Encontros de FC&F de Cascais, antologistas: Maria Augusta Geada e António de Macedo, Simetria (1997) (edição bilíngue português-inglês).  Em inglês: “Secondary Mission”.  Tradução do autor.

Lodi-Ribeiro, Gerson: “Primos de Além-Mar”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).  Também in Words Without Borders (Janeiro 2015).  Em inglês: “Cousins from Overseas”.  Tradução de Sarah A. Wells.

Lodi-Ribeiro, Gerson: Xochiquetzal: uma Princesa Asteca entre os Incas, Draco (2009).

Lodi-Ribeiro, Gerson: “Pais da Aviação”, in Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2011)

Lodi-Ribeiro, Gerson: “Para Agradar Amanda”, in Erótica Fantástica 1, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2012).

____________________: “A Moça da Mão Perfeita”, in Mitos Modernos, antologista: Rober Pinheiro, inédito.

Lodi-Ribeiro, Gerson: Estranhos no Paraíso, Draco (2015).

L’Officier, Randy, Jean-Marc L’Officier & Dave Taylor: Tongue e Lash (Tongue & Lash).  Via Lettera (2000).  Tradução: Jotapê Martins.

Lopes, José Manuel: “A Encenação”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).

Lopes, Nei: Oiobomé: a Epopeia de uma Nação, Agir (2010).

Machado, João Afonso: “A Realidade, Não Fora a Loucura”, in Mensageiros das Estrelas, antologistas: Octávio dos Santos; Adelaide Meira Serras & Duarte Patarra, Fronteira do Caos (2012).

Martinho, Carlos Orsi: “Não Mais”, in Phantastica Brasiliana, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro & Carlos Orsi Martinho, Ano-Luz (2000).

Martinho, Carlos Orsi: “O Colosso de Bering”, in Ficções: Especial Ficção Científica, antologista: Dorva Rezende, 7 Letras (2006).

Martins, Romeu: “Cidade Phantastica”, in Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário, antologista: Gianpaolo Celli, Tarja Editorial (2009).

______________: “Tridente de Cristo”, in Vaporpunk: Novos Documentos de uma Pitoresca Época Steampunk, antologistas: Fábio Fernandes e Romeu Martins, Draco (2014).

McAuley, Paul J.: A Invenção de Leonardo (Pasquale’s Angel), Saída de Emergência (2005).  Tradução: João Barreiros.

Medeiros, Jr., Flávio: Homens e Monstros: A Guerra Fria Vitoriana, Draco (2013).

Medeiros, Jr., Flávio: “O Espírito, a Água e o Sangue”, in A História é Outra, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco, no prelo.

Melo, João Batista: “A Moça Triste de Berlim”, in As Baleias do Saguenay, Rocco (1995).

Menezes, Maria de: “O Patriota Improvável”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).

Moore, Ward: E Tudo o Tempo Levou… (Bring the Jubilee), Clássica (1992).  Tradução: Ana Paula Gouveia.

Newman, Kim:  Anno Dracula, Aleph (2009).  Tradução: Susana Alexandria.

Norden, Eric: O Último Judeu, Panorama (1973).  Tradução: Eduardo Saló.

Novello, Eric: “O Dia da Besta”, in Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro e Luís Filipe Silva, Draco (2010).

Novik, Naomi: O Dragão de Sua Majestade, Galera Record (2010).  Tradução: Edmo Suassuna Filho.

Nurse, Patricia: “Uma Recusa a Mais”, in Asimov: O Melhor da Ficção Científica, antologista: Isaac Asimov, Expressão & Cultura (1980).  Tradução: César Tozzi.

Orsi, Carlos: “A Extinção das Espécies”, in Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro e Luís Filipe Silva, Draco (2010).

Orsi, Carlos: “Fúria do Escorpião Azul”, in Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2011)

Orsi, Carlos: “De Praeputio Domini”, in A História é Outra, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco, no prelo.

Pereira, Carla Cristina: “Se Cortez Houvesse Vencido a Peleja de Cozumel”, in Outras Copas, Outros Mundos, antologista: Marcello Simão Branco, Ano-Luz (1998).

Pereira, Carla Cristina: “Xochiquetzal e a Esquadra da Vingança”, in Pecando a Sete / Sinning in Sevens – Antologia dos Quartos Encontros de FC&F de Cascais, antologistas: António de Macedo & Silvana de Menezes, Simetria (1999) (edição bilíngue português-inglês).  Em inglês: “Xochiquetzal and the Vengeance Fleet”.  Tradução: David Alan Prescott.  Também in Phantastica Brasiliana, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro & Carlos Orsi Martinho, Ano-Luz (2000).  Também in Altair special edition 6 & 7 (2000), editor: Robert N. Stephenson & Andrew Collings.

_______________________: “Xochiquetzal em Cuzco”, in Por Universos Nunca Dantes Navegados, antologistas: Luís Filipe Silva & Jorge Candeias, Lulu (2005).

Pohl, Frederik: “A Missão Mortal de Phineas Snodgrass” in Dia Milhão, José Olympio (1975).  Tradução: José Sanz.

Pohl, Frederik: “Esperando os Olimpianos” in Isaac Asimov Magazine de Ficção Científica # 3 (1990) , editor: Ronaldo Sérgio de Biasi.  Tradução: Fábio Fernandes.

Ramos, Sacha Andrade: “O Preço de uma Coroa”, in Mensageiros das Estrelas, antologistas: Octávio dos Santos; Adelaide Meira Serras & Duarte Patarra, Fronteira do Caos (2012).

Relva, Carlos: “Franksteam & Electrônia”, in Erótica Steampunk, antologista: Tatiana Ruiz, Ornitorrinco (2013).

Rittenhouse, James: “História Alternativa” (não-ficção), in Phantastica Brasiliana, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro & Carlos Orsi Martinho, Ano-Luz (2000).

Robert, Yves: “Os Oito Nomes do Deus Sem Nome”, in Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro e Luís Filipe Silva, Draco (2010).

Roberts, Keith: Pavana, Clássica (1992).  Tradução: Trindade Santos.

Robinson, Kim Stanley: “The Lucky Strike”, in Planeta Sobre a Mesa, Editorial Caminho (1988).  Tradução: Paula Reis.

Santos, Octávio dos: “A Marcha sobre Lisboa”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).

Schwarz, Rodrigo: A Ilha dos Cães, Bertrand Brasil (2005).

Seixas, João: “A Noite das Marionetas”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).

Sequeira, Luís Richheimer de: “Ao Serviço de Sua Majestade”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).

Shaw, Bob: Crime no Tempo B (The Two-Timers), Tecnoprint (1972).  Tradução: Neyde Godolphim e Silva Tucci.

Shiner, Lewis: “Cidade Branca”, in Isaac Asimov Magazine de Ficção Científica # 9 (1991) , editor: Ronaldo Sérgio de Biasi.  Tradução: Ronaldo Sérgio de Biasi.

Silva, André Soares: “Xibalba Sonha com o Oeste”, in Solarpunk: Histórias ecológicas e fantásticas em um mundo sustentável, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2012).

___________________: “O Fantasma Zonguanês”, in Samurais x Ninjas, antologistas: Eduardo Kasse & Erick Santos Cardoso, Draco (2015).

Silva, Luís Filipe:In Falsetto”, in Mensageiros das Estrelas, antologistas: Octávio dos Santos; Adelaide Meira Serras & Duarte Patarra, Fronteira do Caos (2012).

Silva, Luísa Marques da: “Missão 121908”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).

Silverberg, Robert: “Erro de Leitura”, in Rumo à Estrela Negra (The Cube Root of Uncertainty), Expressão & Cultura (1974).  Tradução: Elza Martins.

Silverberg, Robert: Os Correios do Tempo (Up the Line), Coleção Argonauta Nº 432, Livros do Brasil (1993).  Tradução: Abel Coimbra.

Simak, Clifford D.: A Irmandade do Talismã, Coleção Argonauta Nº 274, Livros do Brasil (1980).  Tradução: Eurico Fonseca.

Simak, Clifford D.: O Mundo do Caos (Special Deliverance), Coleção Argonauta Nº 323, Livros do Brasil (1984).  Tradução: Eurico Fonseca.

Simak, Clifford D.: Onde Mora o Mal, Coleção Argonauta Nº 338, Livros do Brasil (1985).  Tradução: Eurico Fonseca.

Soares, Bruno Martins: “O Nome do Rei”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).

Sousa-Rodrigues, Sérgio: “Rei sem Coroa”, in A República Nunca Existiu!, antologista: Octávio dos Santos, Saída de Emergência (2008).

Spinrad, Norman: O Sonho de Ferro, José Olympio (1976).  Tradução: José Sanz.

Stableford, Brian: O Império do Medo, Clássica (1991).  Tradução: Trindade Santos.

Sterling, Bruce & Lewis Shiner: “Mozart de Óculos Espelhados”, in Reflexos do Futuro (Mirrorshades), antologista: Bruce Sterling , Coleção Argonauta Nº 376, Livros do Brasil (1989).  Tradução: Eduardo Saló.

Sterling, Bruce: “Dori Bangs”, in Isaac Asimov Magazine de Ficção Científica # 2 (1990), editor: Ronaldo Sérgio de Biasi.  Tradução: Bráulio Tavares.

Sullivan, Tim: “Dinossauro de Bicicleta”, in Dinossauros!, antologistas: Jack Dann & Gardner Dozois, Zenith (1993).  Tradução: Fábio Fernandes.

Tartari, Ataíde: “Folha Imperial”, in Phantastica Brasiliana, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro & Carlos Orsi Martinho, Ano-Luz (2000).

Tenn, William: “Projeto Brooklyn”, in Viajantes no Tempo, Panorama (1970).  Tradução: Eduardo Saló.

Tércio, Daniel: A Vocação do Círculo, Coleção Mamute, Editorial Caminho (1984).

Tércio, Daniel: Pedra de Lúcifer, Editorial Caminho (1998).

Turtledove, Harry: O Dilema de Shakespeare (Ruled Britannia), Saída de Emergência (2006).  Tradução: Jorge Candeias.

Turtledove, Harry: O Agente de Bizâncio, Coleção Argonauta Nº 374 e 375, Livros do Brasil (1990).  Tradução: Eduardo Saló.

Veiga, José J.: A Casca da Serpente, Bertram Brasil (1989).

Ventura, João: “O Sol é que Alegra o Dia…”, in Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades, antologistas: Gerson Lodi-Ribeiro e Luís Filipe Silva, Draco (2010).

Vera, Hugo: “Impávido Colosso”, in Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco (2011)

Watt-Evans, Lawrence: “Por Que Saí do Harry’s 24 Horas” (“Why I Left Harry’s All-Night Hamburgers”), in Isaac Asimov Magazine de Ficção Científica # 20 (1992), editor: Ronaldo Sérgio de Biasi.  Tradução: Ronaldo Sérgio de Biasi.

____________________: “Um Disco Voador com Placa de Minnesota”, in Isaac Asimov Magazine de Ficção Científica # 22 (1992), editor: Ronaldo Sérgio de Biasi.  Tradução: Ronaldo Sérgio de Biasi.

Witter, Nikelen: “Uma Missão para Miss Boite”, in Vaporpunk: Novos Documentos de uma Pitoresca Época Steampunk, antologistas: Fábio Fernandes e Romeu Martins, Draco (2014).

Zuin, Lídia: “Ad Finem Fidelis”, in A História é Outra, antologista: Gerson Lodi-Ribeiro, Draco, no prelo.

Apêndice B

Histórias Alternativas Lusófonas

A relação abaixo inclui apenas trabalhos de história alternativa publicados profissionalmente por autores lusófonos originalmente em português.

À medida do possível, a relação abaixo seguirá o formato e o padrão preconizados nos registros do site Uchronia – The Alternate History List:

[Título]

[POD] = : ponto de divergência.

[E]: resumo do enredo.

[P]: história de publicação.

[p]: premiação.

Aguiar, João: “Seis Momentos em Tempo Real”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Filho caçula do rei resiste ao golpe de Estado pós-atentado enquanto o pai e o irmão convalescem em estado grave.

[P]: A República Nunca Existiu! (Saída de Emergência, 2008).

Aragão, Octávio: “Eu Matei Paolo Rossi”.

[POD] = 1982 ec: Seleção brasileira vence a Copa do Mundo da Espanha.

[E]: Jovem brasileiro descobre conspiração temporal para impedir a vitória da seleção canarinho em 1982 e em outras Copas do Mundo.  Ele acaba capturado por agentes da Intempol, foge da Prisão-dos-Homens-que-Nunca-Existiram e se torna um cronoterrorista.  Gênese do U.F. Intempol.

[P]: Outras Copas, Outros Mundos (Ano-Luz, 1998).  Intempol: uma Antologia de Contos sobre Viagens no Tempo (Ano-Luz, 2000).

Aragão, Octavio: “A Fazenda-Relógio”.

[POD] = circa 1880 ec: Barões do café passam a empregar autômatos a vapor em suas fazendas e o Império do Brasil abole a escravidão dois anos mais cedo (1886).

[E]: Ex-escravos se revoltam contra os autômatos e o Exército é enviado para combatê-los.

[P]: Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades (Draco, 2010).

Aragão, Octavio: “O Dia em que Virgulino Cortou o Rabo da Cobra Sem Fim com o Chuço Excomungado”.

[POD] = 1925 ec: Cangaceiros e militares rebeldes recebem armas futuristas das mãos de um suposto viajante retrotemporal.

[E]: Cangaceiros de Lampião e a Coluna Prestes se enfrentam com armamento hipertecnológico nos sertões do Nordeste.

[P]: Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época (Draco, 2011).

Barcellos, Roberval: “Primeiro de Abril”.

[POD] = 1964 ec: Golpe militar fracassa e intervenção norte-americana provoca guerra civil sangrenta que transforma o Brasil num Vietnã de proporções continentais.

[E]: Reminiscências de um veterano da guerra civil em 1994 para um grupo de crianças que apresentará um trabalho de grupo sobre o tema na época da comemoração do vigésimo aniversário da reunificação do país.

[P]: Phantastica Brasiliana (Ano-Luz, 2000).

Barcia, Jacques: “Uma Vida Possível Atrás das Barricadas”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: História de amor entre um robô e uma golem em Catalônia, cidade-fábrica flutuante, durante uma revolta contra as forças da opressão.

[P]: Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário (Tarja Editorial, 2009).

Bertolotto, Rodrigo; Rodrigo Bueno e Sérgio Teixeira Jr.: “As Copas Que Não Aconteceram” (pseudofactual)

[POD] = 1942 ec: Copas do Mundo de 1942 (Argentina) e 1946 (Portugal) se realizam normalmente, apesar da Segunda Guerra Mundial.

[E]: Pseudofactual sob a forma de jornalismo esportivo.  Detalhamento histórico das Copas do Mundo de 1942 e 1946.

[P]: Folha de São Paulo, reportagem especial do caderno “Esporte” na edição de 9 de novembro de 1997.

Candeias, Jorge: “Unidade em Chamas”.

[POD] = 1709 ec: Padre luso-brasileiro Bartolomeu de Gusmão projeta e constrói a mítica “Passarola” e o balão se revela funcional.  Portugal desenvolve uma força aérea de passarolas.

[E]: Às vésperas de uma invasão francesa, o Reino de Portugal decide fundir seus dois corpos de passarolistas, o colonial e o metropolitano.

[P]: Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades (Draco, 2010).

_______________: “Só a Morte te Resgata”.

[E]: Após a abolição dos escravos, brasileiro racista se alinha à causa da Aliança das Potências, grupo de nações que se opõe aos princípios de igualdade racial lusitanos.

[P]: Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época (Draco, 2011).

Castro, Ruy: Bilac Vê Estrelas.

[POD] = 1903 ec: Com o apoio de Santos Dumont, o escritor e líder abolicionista José do Patrocínio projeta e constrói um aeróstato.

[E]: Espiões franceses tentam roubar os planos do aeróstato.

[P]: Companhia das Letras (2004).

Castro, Sid: “Cobra de Fogo”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.  Guerra Mundial (1919-1929) culmina em troca de explosões nucleares.  Liga das Nações impõe Pax Atomica.

[E]: Conflitos geopolíticos e divergências diplomáticas são resolvidos através de corridas mundiais disputadas por superlocomotivas high-tech.

[P]: Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época (Draco, 2011).

Castro, Sid: “Notícias de Marte”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]:Oficial aviador naval da Marinha Imperial de Brasil Alternativo cruza portal dimensional em 1900 e chega dez anos no futuro, só que em nossa linha histórica, em plena Revolta da Chibata.

[P]: Vaporpunk: Novos Documentos de uma Pitoresca Época Steampunk (Draco, 2014).

Causo, Roberto de Sousa: “O Plano de Robida: un Voyage Extraordinaire”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: Após batalha aérea steampunk, vilão captura Santos Dumont com o emprego de tecnologia da civilização perdida de Atlântida.

[P]: Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário (Tarja Editorial, 2009).

Causo, Roberto de Sousa: Selva Brasil.

[POD] = 1962 ec: Brasil invade Guianas.  Em represália, os EUA, a Grã-Bretanha e a França retaliam invadindo a Amazônia brasileira.  Na guerra de atrito que se segue, o Brasil recebe apoio da União Soviética e dos países da América do Sul.

[E]: Décadas mais tarde, experimento científico-militar norte-americano ameaça romper o equilíbrio de forças na guerra de atrito pela posse da Amazônia.  Protagonista é alter ego alternativo do autor.

[P]: Draco (2010).

Costa, Antonio Luiz M.C.: “Outros Quinhentos”

[POD] = 1473 ec: Dom Afonso V de Portugal desposa uma fidalga lusa em lugar de Dona Joana de Castela.  Cristóvão Colombo descobre a América sob bandeira portuguesa.

[E]: Pseudofactual sob a forma de artigo de divulgação em jornal infantojuvenil apresenta visão panorâmica de toda a linha histórica alternativa, desde a divergência até o início do século XXI.  Gênese do U.F. Outros Quinhentos.

[P]: CartaCapital # 121 (2000).

___________________: “A Flor do Estrume”

[E]: Por volta de 1740 ec, bióloga brasileira de origem maia desenvolve antibióticos e anticoncepcionais.

[P]: Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário (Tarja Editorial, 2009).

___________________: “Ao Perdedor, as Baratas”.

[E]: Operativo norte-colombiano tenta interferir na eleição presidencial brasileira, circa 1810 ec, para impedir a vitória de um candidato socialista.

[P]: Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época (Draco, 2011).

___________________: “Palestra de Lançamento”.

[E]: No lançamento de seu novo romance, escritora anglo-brasileira Emily Brontë rememora seus primeiros anos como adolescente recém-emigrada para o Brasil.

[P]: Fantástica Literatura Queer: Volume Amarelo (Tarja Editorial, 2012).

___________________: “Era uma Vez um Mundo”.

[E]: Em 1929 ec, durante a inauguração da primeira usina de fusão nuclear, grupo terrorista do Partido Futurista sequestra a Primeira-Comissária da União das Nações.

[P]: Solarpunk: Histórias ecológicas e fantásticas em um mundo sustentável (Draco, 2012).

___________________: “Ainda Além de Taprobana”.

[E]: Expedição de naturalistas brasileiros explora o interior da ilha de Taprobana, descobrindo uma fauna única, incluindo dinossauros e pterossauros.

[P]: Dinossauros (Draco, 2016).

___________________: “O Padre, o Doutor e os Diabos que os Carregaram”.

[E]: Em 1592 ec, dois anos após a transferência da corte portuguesa de Dom Sebastião I para o Brasil, expedição ao interior estabelece contato com uma raça de seres humanos diferentes.

[P]: Brasil Fantástico: Lendas de um país sobrenatural (Draco, 2013).

___________________: “Jaya e o Enigma de Pala”.

[E]: Cidadã da linha alternativa Outros Quinhentos visita o futuro próximo da nossa linha histórica e frustra golpe de Estado em um país asiático.

[P]: Super-Heróis (Draco, 2013).

Dutra, Daniel I.: “Uma Sombra do Passado”.

[POD] = 1919 ec: Hitler emigra para o Brasil e se torna ilustrador.  Em 1935, o Brasil assume o regime comunista e o Rio Grande do Sul declara sua independência.

[E]: A mente do ditador Adolf Hitler de uma linha histórica muito semelhante à nossa se apossa da mente do ilustrador austríaco.

[P]: A História é Outra  (Draco, no prelo).

Fernandes, Fábio: “A Vingança da Ampulheta”.

[POD] = 1905 ec (?): advento das viagens temporais.

[E]: Guerra temporal entre linhas históricas alternativas.  Cronoterrorista neandertal enfrenta agentes da Intempol.  U.F. Intempol.

[P]: Intempol: uma Antologia de Contos sobre Viagens no Tempo  (Ano-Luz, 2000).

[p]: segundo lugar no Prêmio Argos 2001, categoria melhor ficção.

Fernandes, Fábio: “O Alferes de Ferro”.

[POD] = 1637 ec: René Descartes publica Discurso sobre o Método da Guerra.  Maurício de Nassau cria corpo de “cartésios” no Recife Holandês.  República de Nova Neerlândia consolidada como nação soberana no Nordeste em 1648.

[E]: Cartésios intervêm na Inconfidência Mineira encomendando armaduras metálicas ao Alferes Joaquim da Silva Xavier.

[P]: Vaporpunk: Novos Documentos de uma Pitoresca Época Steampunk (Draco, 2014).

Freitag, David L.: “Prestes João no Ano do Elefante”.

[POD] = 1440 ec: o Reino de Prestes João realmente existiu.

[E]: Historiador recém-chegado ao Céu questiona anjo cicerone sobre a existência de Prestes João.

[P]: Phantastica Brasiliana  (Ano-Luz, 2000).

Gonzalez, David M.: “A Esquadra Fantasma”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: Durante a Primeira Guerra Mundial, Reich Alemão destrói Londres com bombardeio aéreo implementado por esquadra de dirigíveis indetectáveis.

[P]: Erótica Steampunk  (Ornitorrinco, 2013).

Lemos, Cirilo S.: “Auto do Extermínio”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: Por volta de 1935 ec, o Exército trama para derrubar Dom Pedro III do trono do Império do Brasil, estabelecendo cenário propício para intervenção militar norte-americana no país.

[P]: Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época (Draco, 2011).

________________: E de Extermínio.

[E]: Sob o regime republicano, Brasil alia-se ao Terceiro Reich e os EUA ocupam trechos do litoral brasileiro em plena Segunda Guerra Mundial.

[P]: Draco (2015).

Lodi-Ribeiro, Gerson: “A Ética da Traição”.

[POD] = 1865 ec: Paraguai derrota Marinha Imperial na Batalha Naval do Riachuelo.  Paraguai vence a Guerra da Tríplice Aliança.

[E]: Físico foge para a Gran República del Paraguay após sabotar projeto secreto de intervenção retrotemporal que pretendia transformar sua linha histórica alternativa na nossa.  Gênese do U.F. Pax Paraguaya.

[P]: Isaac Asimov Magazine de Ficção Científica # 25 (Record, 1993).  O Atlântico Tem Duas Margens (Editorial Caminho, 1992).  Outros Brasis (Mercuryo, 2006).  Em francês: “L’Ethique d’une Trahison”, Antarès # 41/42 – Special Courts Romans Ed. (1992).  Tradução: Jean-Pierre Moumon.

__________________: “Crimes Patrióticos”.

[E]: Veterano brasileiro tenta assassinar Dom Pedro II durante a assinatura do tratado de paz com a Gran República do Paraguay e veterano confederado que se tornou herói na Guerra da Tríplice Aliança tenta impedi-lo.

[P]: O Vampiro de Nova Holanda (Editorial Caminho, 1998).  Fronteiras / Frontiers – Antologia dos Terceiros Encontros de FC&F de Cascais (Simetria, 1998) (edição bilíngue português-inglês).  Outros Brasis (Mercuryo, 2006).  Em inglês: “Patriotic Crimes”.  Tradução: Judy Grevan.

Lodi-Ribeiro, Gerson: Aventuras do Vampiro de Palmares.

[POD] = 1647 ec: Maurício de Nassau retorna da Europa para reassumir o governo de Nova Holanda.  Nassau propõe aliança à Confederação de Palmares.

[E]: Romance fix-up que reúne as narrativas: “A Noiva e o Vampiro” (prólogo); “Crepúsculo Matutino” (história oculta); “O Vampiro de Nova Holanda”; “Capitão Diabo das Geraes”; “Morcego do Mar”; e “Assessor para Assuntos Fúnebres”.  U.F. Três Brasis.

[P]: Draco (2014).

__________________: “O Vampiro de Nova Holanda”.

[E]: Em 1680 ec, inteligência palmarina emprega o último filho-da-noite (espécie de humanoides hematófagos) como agente secreto no Brasil Luso, mas ele se evade para o Recife e se torna um assassino serial.  Gênese do U.F. Três Brasis.

[P]: O Vampiro de Nova Holanda (Editorial Caminho, 1998).  Outros Brasis (Mercuryo, 2006).  Aventuras do Vampiro de Palmares (Draco, 2014).

[p] Prêmio Nova 1996, categoria Melhor Ficção.

__________________: “Assessor Para Assuntos Fúnebres”.

[E]: De férias no Reino Unido, Dentes Compridos, o último filho-da-noite, defronta-se com Jack Estripador numa Londres vitoriana alternativa.

[P]: Outras Histórias… (Editorial Caminho, 1997).  Outros Brasis (Mercuryo, 2006).  Aventuras do Vampiro de Palmares (Draco, 2014).

__________________: “Pátrias de Chuteiras”.

[E]: Na final da Copa do Mundo de 1986 nos EUA, Brasil e Palmares disputam a posse definitiva da Taça Jules Rimet.  Como técnico da seleção palmarina, o brasileiro Nascimento dos Santos, maior futebolista de todos os tempos, sente sua lealdade dividida entre seus ideais patrióticos e de igualdade racial.

[P]: Outras Copas, Outros Mundos (Ano-Luz, 1998).

__________________: A Traição de Palmares.

[E]: Em 1685 ec, emissário da Coroa Portuguesa chega aos Brasis e propõe uma aliança a Palmares contra Nova Holanda.  Eclosão de guerra generalizada entre os Três Brasis.

[P]: Writers (1999).

__________________: “Capitão Diabo das Geraes”.

[E]: Por volta de 1750 ec, liderados pelo filho-da-noite, um comando secreto palmarino disfarçado de bando de salteadores perturba as remessas de diamantes do Arraial do Tijuco para Lisboa, como represália ao apoio português à guerra civil de cunho religioso que fermenta no sul de Palmares.

[P]: Phantastica Brasiliana (Ano-Luz, 2000).  Aventuras do Vampiro de Palmares (Draco, 2014).

__________________: “Morcego do Mar”.

[E]: Em 1775 ec, a Primeira República presta auxílio aos rebeldes das Treze Colônias Inglesas em sua luta pela independência.  Batalha naval entre uma fragata palmarina comandada pelo filho-da-noite e a frota da Real Marinha Britânica que conduz os reforços necessários para debelar a rebelião.

[P]: Aventuras do Vampiro de Palmares, Draco (2014).

__________________: “Consciência de Ébano”.

[E]: Na primeira metade do século XIX, quando Palmares constrói a primeira represa hidroelétrica do mundo, um agente secreto que dedicou a vida a proteger a existência em segredo de Dentes Compridos, considera a dependência que a pátria desenvolveu em relação ao filho-da-noite como uma abominação intolerável.

[P]: Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades (Draco, 2010).

__________________: “Azul Cobalto e o Enigma”.

[E]: No início do século XXI, Dentes Compridos enfrenta um operativo brasileiro trajado com armadura high-tech na estação orbital São Paulo.

[P]: Solarpunk: Histórias ecológicas e fantásticas em um mundo sustentável (Draco, 2012).

__________________: “Crepúsculo Matutino”.

[E]: História oculta.  Narrativa dos mitos de criação do Povo Verdadeiro (filhos-da-noite) e da infância e juventude de Dentes Compridos, até sua chegada a Palmares.

[P]: Aventuras do Vampiro de Palmares, Draco (2014).

Lodi-Ribeiro, Gerson: “O Preço da Sanidade”.

[POD] = 1989 ec: Luiz Inácio Lula da Silva vence a eleição presidencial contra Fernando Collor de Mello.  Brasil vive uma década de prosperidade econômica, encerrada pelo golpe militar de 2001.

[E]: Por volta de 2020 ec, ex-xenologista e preso político obtém a prova definitiva da existência de inteligências extraterrestres durante Primeiro Contato.

[P]: Outras Histórias… (Editorial Caminho, 1997).

Lodi-Ribeiro, Gerson: “Missão Secundária”.

[POD] = 65.000.000 aec: Expedição interestelar humana encontra vestígios de dinossauros racionais terrígenas nos destroços de uma nave sinistrada em órbita ao redor de uma anomalia gravitacional situada a três anos-luz do Sistema Solar.  História natural alternativa.

[E]: Ao regressar ao Sistema Solar, os expedicionários se deparam com civilização humana hipertecnológica de linha histórica alternativa em que a República de Roma converteu-se ao budismo.

[P]: Efeitos Secundários / Side Effects – Antologia dos Segundos Encontros de FC&F de Cascais (Simetria, 1997) (edição bilíngue português-inglês).  Em inglês: “Secondary Mission”.  Tradução do autor.

Lodi-Ribeiro, Gerson: “Primos de Além-Mar”.

[POD] = 1850 ec: Pedro Afonso, filho do imperador Dom Pedro II, sobrevive a uma moléstia infantil e, dezessete anos mais tarde, torna-se o grande herói da Guerra do Paraguai ao capturar o tirano Solano Lopez e trazê-lo para cumprir pena no Brasil.

[E]: Na década de 1930, o rei de Portugal foge para o exílio no Império do Brasil, quando seu país é invadido pelas forças de Franco, com o apoio da Alemanha Nazista.

[P]: A República Nunca Existiu!  (Saída de Emergência, 2008).  Words Without Borders (Janeiro 2015).  Em inglês: “Cousins from Overseas”.  Tradução de Sarah A. Wells.

Lodi-Ribeiro, Gerson: Xochiquetzal: uma Princesa Asteca entre os Incas.

[POD] = 1488 ec: Bartolomeu Dias naufraga ao tentar dobrar o Cabo das Tormentas.  Portugal não descobre o caminho marítimo para as Índias.  Cristóvão Colombo descobre as Américas sob a bandeira portuguesa.

[E]: Aventuras militares-navais das forças lusitanas comandadas por Dom Vasco da Gama, primeiro em Calicute, mais tarde no Oceano d’el Rei (Atlântico) e, finalmente, na guerra civil que grassava no Império Inca.  Narrativa apresentada por Dona Xochiquetzal da Gama, esposa mexica do almirante português.  Versão anterior escrita sob o pseudônimo Carla Cristina Pereira.

[P]: Draco (2009).

Lodi-Ribeiro, Gerson: “Pais da Aviação”.

[POD] = 1803 ec: Napoleão Bonaparte convence o inventor norte-americano Robert Fulton a fabricar navios a vapor para a Marinha Francesa.  O Almirante Villeneuve derrota Nelson na Batalha Naval de Cape Trafalgar e os franceses invadem e conquistam as Ilhas Britânicas, estabelecendo a Hegemonia Europeia.

[E]: Um século mais tarde, os Irmãos Wright tentam vender a ideia de aeronaves mais pesadas do que o ar ao napoleão da Hegemonia Europeia.

[P]: Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época  (Draco, 2011)

Lodi-Ribeiro, Gerson: “Para Agradar Amanda”.

[POD]: n/a (fantasia alternativa): metamorfos compartilham a Terra com a humanidade normal.

[E]: No Estado soberano da Guanabara, fêmea licantrópica convence o amante humano a frequentar uma terapia de casal para tentar superar uma dificuldade sexual bastante específica.

[P]: Erótica Fantástica 1 (Draco, 2012).

____________________: “A Moça da Mão Perfeita”.

[E]: Operativo do Império do Brasil se defronta com uma metamorfa guanabarina inusitada.

[P]: Mitos Modernos (inédito).

Lodi-Ribeiro, Gerson: Estranhos no Paraíso.

[POD] = 235 aec: Monges budistas enviados pelo imperador indiano Asoka expõem sua doutrina no Senado de Roma.  A fusão dos princípios da civilização romana com os ideais do budismo geram uma civilização mundial hipertecnológica muito mais avançada do que a nossa.

[E]: Em sua viagem de regresso, nave estelar de expedição humana enviada para estabelecer o primeiro contato com inteligências alienígenas é translada para linha histórica alternativa em que romanos budistas se aliaram aos chineses da dinastia Han para proteger a civilização dos ataques bárbaros e disseminar a doutrina de Sidharta Gautama planeta afora.

[P]: Draco (2015).

Lopes, José Manuel: “A Encenação”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Dom Carlos sobrevive incólume, mas seu filho caçula, Dom Manuel contrai doença mental.

[P]: A República Nunca Existiu! (Saída de Emergência, 2008).

Lopes, Nei: Oiobomé: a Epopeia de uma Nação.

[POD] = circa 1795 ec: Ex-escravos e ameríndios estabelecem a nação soberana de Oiobomé na Ilha de Marajó.

[E]: Narrativa panorâmica aborda diversas épocas de Oiobomé, desde 1800 até 1950 ec.

[P]: Agir (2010).

Machado, João Afonso: “A Realidade, Não Fora a Loucura”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: O Príncipe Dom Luís Filipe morre no atentado.  O Partido Republicano é execrado.  O filho caçula do rei assume a coroa em 1915 ec.

[P]: Mensageiros das Estrelas (Fronteira do Caos, 2012).

Martinho, Carlos Orsi: “Não Mais”.

[POD] = 1817 ec: Alquimista fornece poção da imortalidade a Dom Pedro II e aos aliados do Império do Brasil.  No presente, o velho monarca imortal ainda reina e o Brasil se tornou a grande superpotência mundial.

[E]: Resistência luta para aniquilar o alquimista imortal e livrar o Brasil da opressão.

[P]: Phantastica Brasiliana (Ano-Luz, 2000).

Martinho, Carlos Orsi: “O Colosso de Bering”.

[POD] = 1884 ec: Delegação francesa na Conferência do Meridiano de Origem em Washington logra impedir a escolha do Meridiano de Greenwich.

[E]: Físico nipo-brasileiro vai parar em linha histórica alternativa e se envolve numa guerra para impor Bering como meridiano de origem.

[P]: Ficções: Especial Ficção Científica (7 Letras, 2006).

Martins, Romeu: “Cidade Phantastica”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: Detetive brasileiro impede sequestro da noiva de bilionário norte-americano que se associou ao Barão de Mauá para alavancar a industrialização do Império, transformando o Brasil na nação mais avançada da Terra.

[P]: Steampunk: Histórias de um Passado Extraordinário (Tarja Editorial, 2009).

______________: “Tridente de Cristo”.

[E]: Detetive brasileiro salva a vida do amigo bilionário no dia de seu casamento, salvando também o Império do Brasil.

[P]: Vaporpunk: Novos Documentos de uma Pitoresca Época Steampunk (Draco, 2014).

Medeiros, Jr., Flávio: Homens e Monstros: A Guerra Fria Vitoriana.

[POD] = 1520 ec: Mexicas aniquilam Cortez no ataque de “La Noche Triste”.  Sobrevivência do Império Asteca sob suserania britânica.

[E]: Em cenário steampunk retrofuturista, eclode guerra fria vitoriana entre o Império Britânico e o Império Francês.  Romance fix-up.

[P]: Draco (2013).

Medeiros, Jr., Flávio: “O Espírito, a Água e o Sangue”.

[POD] = 1897 ec: Revoltosos de Canudos logram capturar o Marechal Carlos Machado de Bittencourt.

[E]: Rebeldes recebem ajuda de engenheiro inglês que constrói tanques de guerra para combater o Exército Brasileiro.

[P]: A História é Outra (Draco, no prelo).

 

Melo, João Batista: “A Moça Triste de Berlim”.

[POD] = 1935 ec.

[E]: Ato terrorista contra a ditadura de Vargas resulta na explosão do dirigível Hindenburg nos céus do Rio de Janeiro.

[P]: As Baleias do Saguenay (Rocco, 1995).

Menezes, Maria de: “O Patriota Improvável”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Durante referendo para decidir se Portugal se manterá como monarquia, paparazzo considera que os súditos portugueses amariam mais a família real se a rainha e as princesas se vestissem melhor.

[P]: A República Nunca Existiu! (Saída de Emergência, 2008).

Novello, Eric: “O Dia da Besta”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: Agente imperial investiga o aparecimento de um metamorfo homicida no Rio de Janeiro.

[P]: Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades (Draco, 2010).

Orsi, Carlos: “A Extinção das Espécies”.

[POD] = circa 1800 ec: Cientistas descobrem a conversão direta da luz solar em energia cinética, empregada para animar autômatos e deslocar veículos.

[E]: Durante sua estada na Patagônia, Charles Darwin presencia o emprego das novas tecnologias para exterminar as populações autóctones de forma mais eficiente do que em nossa linha histórica.

[P]: Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades (Draco, 2010).

Orsi, Carlos: “Fúria do Escorpião Azul”.

[POD] = circa 1930 ec: Regime comunista é implantado com êxito no Brasil.

[E]: Décadas mais tarde, surge um herói mascarado para combater os excessos da ditadura de molde stalinista que se instaurou no país.

[P]: Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época (Draco, 2011).

Orsi, Carlos: “De Praeputio Domini”.

[POD] = 1237 ec: Imperador bizantino Balduíno II se apodera da relíquia do prepúcio do Menino Jesus e logra estancar a invasão búlgara.

[E]: No futuro alternativo, equipe de cientistas extraeuropeus é formada para descobrir qual das duas relíquias do prepúcio de Jesus Cristo é verdadeira: a guardada no Vaticano ou a mantida em Constantinopla.

[P]: A História é Outra (Draco, no prelo).

Pereira, Carla Cristina: “Se Cortez Houvesse Vencido a Peleja de Cozumel”.

[POD] = 1519 ec: Conquistadores espanhóis liderados por Cortez concordam em disputar uma partida de tlachtli contra os maias da Ilha de Cozumel.

[E]: Às vésperas da Copa do Mundo de Balípodo Moderno de Tenochtitlán, repórter esportiva brasileira especula se Cortez teria sido capaz de conquistar o México se não houvesse sido derrotado e sacrificado pelos maias em Cozumel.

[P]: Outras Copas, Outros Mundos (Ano-Luz, 1998).

Pereira, Carla Cristina: “Xochiquetzal e a Esquadra da Vingança”.

[POD] = 1488 ec: Bartolomeu Dias naufraga no Cabo das Tormentas.  Portugal não descobre o caminho marítimo para as Índias.  Cristóvão Colombo descobre as Américas sob bandeira portuguesa.

[E]: Em 1523 ec, Dom Vasco da Gama chega a Calicute no comando de uma expedição punitiva repleta de soldados lusos e guerreiros astecas, para punir o governante local pelo assassínio de Fernão de Magalhães.

[P]: Pecando a Sete / Sinning in Sevens – Antologia dos Quartos Encontros de FC&F de Cascais (Simetria, 1999) (edição bilíngue português-inglês).  Phantastica Brasiliana (Ano-Luz, 2000).  Em inglês: “Xochiquetzal and the Vengeance Fleet”.  Altair special edition 6 & 7 (2000).  Tradução: David Alan Prescott.

[p]: Finalista no Sidewise Awards 2001 na categoria ficção curta.

_______________________: “Xochiquetzal em Cuzco”.

[E]: Em 1525 ec, esquadra de Dom Vasco da Gama chega às costas peruanas e intervém na guerra civil do Império Inca ao lado do Príncipe Atahualpa, contra as hostes de Húascar.

[P]: Por Universos Nunca Dantes Navegados (Lulu, 2005).

Ramos, Sacha Andrade: “O Preço de uma Coroa”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Em 2010 ec, Dom Dinis sofre atentado enquanto cogitava se devia ou não assumir a coroa de Portugal.

[P]: Mensageiros das Estrelas (Fronteira do Caos, 2012).

Relva, Carlos: “Franksteam & Electrônia”.

[POD] = 1480 ec: Protosteampunk cujos avanços tecnológicos precoces são atribuídos às invenções de Leonardo da Vinci.

[E]: Ciborgue mecânica portuguesa enfrenta ciborgue a vapor espanhol na disputa pela posse de um artefato misterioso.

[P]: Erótica Steampunk (Ornitorrinco, 2013).

Robert, Yves: “Os Oito Nomes do Deus Sem Nome”.

[POD] = 1889 ec: Dom Carlos de Portugal conjura forças ocultas para transformar Portugal numa potência

[E]: Espiões franceses e britânicos tentam descobrir como Portugal se tornou uma grande potência.

[P]: Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades (Draco, 2010).

Santos, Octávio dos: “A Marcha sobre Lisboa”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Por volta de 1930 ec, Dom Luís II lidera contramarcha em reação à organização revolucionária que planeja implantar ditadura fascista em Portugal.

[P]: A República Nunca Existiu! (Saída de Emergência, 2008).

Schwarz, Rodrigo: A Ilha dos Cães.

[POD] = 1868 ec: Explorador britânico Richard Francis Burton naufraga as costas da América do Sul.

[E]: Burton escreve romance de história alternativa, no qual Colombo não descobre a América e o Império Asteca sobrevive século XIX adentro.

[P]: Bertrand Brasil (2005).

Seixas, João: “A Noite das Marionetas”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Em 1916 ec, o primeiro-ministro de Portugal trama contra o Império Britânico e o Reich Alemão.

[P]: A República Nunca Existiu! (Saída de Emergência, 2008).

Sequeira, Luís Richheimer de: “Ao Serviço de Sua Majestade”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Dona Maria III de Portugal estabelece a Subdivisão de Crimes Extraordinários para investigar ocorrências bizarras típicas do Arquivo X.

[P]: A República Nunca Existiu! (Saída de Emergência, 2008).

Silva, André Soares: “Xibalba Sonha com o Oeste”.

[POD] = 1000 ec (?): Chineses descobrem as Américas em linha histórica alternativa onde as culturas europeias provavelmente não existem.  A suserania do Trono Celestial acaba com a hegemonia maia no continente.

[E]: Herói de etnia tupi ajuda a protagonista a lutar contra as injustiças.  Juntos, descobrem o segredo mantido pelo grupo radical maia Filhos de Palanque sobre o que de fato existem para além do Oceano do Nascente.

[P]: Solarpunk: Histórias ecológicas e fantásticas em um mundo sustentável (Draco, 2012).

___________________: “O Fantasma Zonguanês”.

[E]: Operativo de elite zonguanês é enviado de Beijing para combater o herói subversivo de etnia tupi.

[P]: Samurais x Ninjas (Draco, 2015).

Silva, Luís Filipe:In Falsetto”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: Inspetor de polícia lisboeta auxilia detetive austríaco a desvendar o roubo de um autômato francês especial empreendido por um ladrão de casaca semelhante a Arsène Lupin.

[P]: Mensageiros das Estrelas (Fronteira do Caos, 2012).

Silva, Luísa Marques da: “Missão 121908”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Patrulheiros temporais de linha histórica alternativa regressam a 1908 para impedir que cronoterroristas perpetrem o regicídio.

[P]: A República Nunca Existiu! (Saída de Emergência, 2008).

Soares, Bruno Martins: “O Nome do Rei”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Regicídio de Dom Afonso IX em 2008 ec.

[P]: A República Nunca Existiu! (Saída de Emergência, 2008).

Sousa-Rodrigues, Sérgio: “Rei sem Coroa”.

[POD] = 1908 ec: Atentado regicida contra Dom Carlos fracassa.  Sobrevivência do regime monárquico em Portugal.

[E]: Jovem português planeja o regicídio de Dom Manuel III em 1954 ec.

[P]: A República Nunca Existiu! (Saída de Emergência, 2008).

Tartari, Ataíde: “Folha Imperial”.

[POD] = 1889: Golpe republicano fracassa.  Marechal Deodoro da Fonseca é condenado à morte.  Regime monárquico brasileiro sobrevive até o presente.

[E]: Cotidiano de um paparazzo a serviço da Folha Imperial que se esforça para documentar as aventuras amorosas do príncipe imperial.  Conto humorístico.

[P]: Phantastica Brasiliana (Ano-Luz, 2000).

Tércio, Daniel: A Vocação do Círculo.

[POD]: n/a (fantasia alternativa): mágica funciona.

[E]: Lisboeta de nossa linha histórica é transladado para Lisboa alternativa, em linha histórica onde a mágica existe e a história parece estacionada na Idade Média.  Lá ele se apaixona por uma jovem bruxa e a ajuda a salvar o avô, que foi levado para uma segunda linha alternativa, aparentemente estacionada na época romana e cujos residentes se referem a Lisboa como “Olisipo”.

[P]: Editorial Caminho (1984).

Tércio, Daniel: Pedra de Lúcifer.

[POD] = 1.000.000 aec (?): No passado remoto, entidade alienígena envia esporos microscópicos à Terra para estimular a inteligência das criaturas terrígenas.  Os esporos do conhecimento se revelam incompatíveis com as formas locais, mas acabam propiciando o surgimento de uma grande religião numa Europa onde o cristianismo e a civilização romana jamais existiram.

[E]: Pessoas infectadas com o “cristal do conhecimento” tornam-se mártires da Grande Religião.  Contudo, os efeitos do cristal parecem estar perdendo intensidade.  A Igreja do Cristal e a própria civilização ocidental correm perigo.

[P]: Editorial Caminho (1998).

Veiga, José J.: A Casca da Serpente.

[POD] = 1898 ec: Antônio Conselheiro sobrevive ao massacre dos Canudos.

[E]: Conselheiro abandona o fanatismo religioso e funda comunidade utópica no sertão nordestino, servindo de inspiração para outras comunidades, erigidas nos mesmos moldes.

[P]: Bertram Brasil (1989).

Ventura, João: “O Sol é que Alegra o Dia…”.

[POD] = 1904 ec: Pirelióforo inventado pelo Padre Himalaya desencadeia revolução industrial alimentada por energia solar.

[E]: Associado ao motor de Stirling, o pirelióforo torna obsoleta a geração de energia pela queima de combustíveis fósseis, possibilitando o advento de uma civilização tecnológica sustentável e um meio ambiente livre de poluição.

[P]: Vaporpunk: Relatos steampunk publicados sob as ordens de Suas Majestades (Draco, 2010).

Vera, Hugo: “Impávido Colosso”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: Em 1946 ec, durante a inauguração de Brasília, o Império e seus aliados paraguaios se preparam para travar a terceira guerra contra a República Argentina.  Quando os argentinos invadem o Brasil com exército de robôs militares, os brasileiros se defendem com um autômato gigante projetado por Rudolf Diesel.

[P]: Dieselpunk: Arquivos confidenciais de uma bela época (Draco, 2011).

Witter, Nikelen: “Uma Missão para Miss Boite”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: Sociedade secreta criada no século XVI para garantir segurança de portais dimensionais que conduzem aos Territórios Invisíveis trava luta para impedir o vazamento de tecnologia humana para outros planos de realidade.

[P]: Vaporpunk: Novos Documentos de uma Pitoresca Época Steampunk (Draco, 2014).

Zuin, Lídia: “Ad Finem Fidelis”.

[POD] = 1850 ec: cenário steampunk e/ou retrofuturista; avanços tecnológicos precoces modificam sociedade.

[E]: Terrorista envolve noviça em seus planos de eliminar figurões do Partido Nazista em cenário de Guerra Mundial Alternativa.

[P]: A História é Outra (Draco, no prelo).

 

Apêndice C

Napoleão Apócrifo:

o primeiro romance de história alternativa

 

Lançado em 1836, em pleno reinado de Luís Felipe, meros vinte e um anos após a derrota dos exércitos napoleônicos em Waterloo e míseros quinze anos após a morte de Napoleão em seu exílio na ilha de Santa Helena, Napoléon et la conquête du monde (1812-1832): Histoire de la Monarchie universelle, de Louis-Napoléon Geoffroy-Château (1803-1858) ou, simplesmente, Louis Geoffroy, é o primeiro romance de história alternativa escrito em francês e, provavelmente, o primeiro romance deste subgênero na história da literatura mundial.  Sua primeira edição foi publicada justamente no ano em que Luís Napoleão Bonaparte, sobrinho de Napoleão e futuro imperador Napoleão III, fugiu para o exílio após um golpe de Estado malogrado.  Para bem e para mal, o bonapartista Louis Geoffroy viveria para assistir a restauração do império e a coroação de Napoleão III.

A segunda edição do romance foi publicada em 1841 e a terceira, dez anos mais tarde.  A quarta edição em língua francesa, a partir da qual Brian Stableford elaborou sua tradução para o inglês, foi publicada em 1896.

Em 1994, uma editora norte-americana publicou a primeira edição em inglês desse romance seminal, sob o título Napoleon and the Conquest of the World 1812-1832: A Fictional History, mas a tiragem foi diminuta e o livro desapareceu do mercado há décadas.  Daí, a importância dessa edição de 2016, publicada pela Black Coat Press.

O ponto de divergência de The Apocryphal Napoleon se dá durante a campanha da Rússia em 1812, quando os exércitos de Napoleão conseguem engajar e destruir as forças russas nas cercanias de São Petersburgo.  Dois anos mais tarde, Napoleão invade e subjuga a Inglaterra e, à época de sua morte em 1832, tornou-se o déspota esclarecido da Monarquia Universal, governante supremo do planeta Terra.

Dividido em seis partes, designadas “livros” e narrado em tom de franca apologia bonapartista, o romance detalha com precisão metódica a conquista do mundo pelas forças napoleônicas e os avanços técnicos e científicos possibilitados pela governança sábia do Imperador Universal.

Pelos padrões atuais, não se trata de um livro de leitura fácil.  Ao contrário, com seus cento e sete capítulos, a narrativa excessivamente detalhada de Geoffroy está repleta de trechos maçantes e capítulos inteiros desnecessários.  No entanto, constitui uma obra fundamental na história do subgênero e, como tal, relevante para qualquer estudioso com um mínimo de seriedade.

Além da tradução, Stableford contextualiza a narrativa de Geoffroy com notas de rodapé, indicando os anacronismos em relação à nossa linha histórica, como quando, por exemplo, o autor emprega figuras históricas que já haviam falecido antes da eclosão da divergência.

*     *     *

 

Com dezessete capítulos, o Livro Um detalha a vitória das forças napoleônicas na campanha da Rússia e a consequente subjugação do Império Russo à França e a subordinação da Igreja Ortodoxa ao Papa da Igreja Católica Apostólica Romana.  Com isto, Napoleão faz as pazes com o Papa Pio VII e encerra a crise de seu Império com o Vaticano.

Embora os russos tenham incendiado Moscou, como em nossa linha histórica, o Grande Armée avança em direção a São Petersburgo (em vez de permanecer por cerca de um mês estacionado nas cercanias da capital) e derrota o exército combinado do Império Russo com efetivos britânicos e suecos na Batalha de Novgorod.  O czar russo e o rei sueco são feitos prisioneiros.  A França apresa as esquadras russa e sueca no Mar Báltico.  Napoleão restabelece o reino da Polônia como nação independente.

Com o Grande Armée não só intacto como fortalecido após a campanha da Rússia, Napoleão volta suas atenções para a Península Ibérica em 1813, derrotando as forças anglo-espanholas na Batalha de Segóvia e recobrando a Espanha e Portugal para o Império.  Com sua presença na península, o Papa ajuda os franceses a pacificar a Espanha.  Napoleão sofre um atentado, mas sobrevive incólume.

Em momento algum, Geoffroy cita ou demonstra saber que a sede do reino de Portugal havia sido transferida para o Brasil em 1808 e que o próprio destino daquele país e de seu império ultramarino era decidido pelo príncipe regente Dom João a partir da cidade do Rio de Janeiro.

Esse primeiro livro se encerra com as pazes entre Napoleão e seu irmão, Lucien Bonaparte.  O imperador presenteia Lucien com a coroa de Portugal.

*     *     *

 

Os vinte e cinco capítulos do Livro Dois tratam da confirmação da França como única potência remanescente na Europa.  Geoffroy dedica os primeiros capítulos aos preparativos franceses para a campanha da Inglaterra, que se desenrolará em 1814.  As vitórias sobre a Rússia e a Espanha permitem que Napoleão fortaleza a esquadra imperial com os vasos dos países aliados e dos novos Estados vassalos.  A Marinha Real não logra impedir o desembarque maciço do exército imperial no sul da Inglaterra.  Após três batalhas vitoriosas, o Grande Armée continua avançando até obter a vitória decisiva na Batalha de Cambridge.  Após sua entrada triunfal em Londres, Napoleão dissolve o Parlamento.  A Inglaterra é incorporada ao Império Francês.  O Rei George III é nomeado soberano do reino vassalo formado pela união da Escócia e da Irlanda.

Ainda na Inglaterra, Napoleão captura o rei francês exilado, Luís XVIII e o instala na pequena Ilha de Man.  Com a morte de Pio VII, o imperador manipula os cardeais católicos para que seu tio seja eleito papa, sob o título de Clemente XV.

A paz reina nessa Europa alternativa em 1815.  Napoleão aproveita a situação política favorável para determinar a execução de reformas urbanísticas, primeiro em Paris e mais tarde em Roma.

Em 1817, uma coalizão militar formada pela Rússia, Suécia, Prússia e o Império Otomano se ergue para desafiar a hegemonia napoleônica.  Após uma campanha terrestre e naval de três meses, os franceses tomam Berlim, aniquilam os exércitos otomanos, bem como as forças combinadas da Prússia, Rússia e Suécia.

Napoleão se torna o soberano da Europa e divide o continente em reinos membros do Império, nomeando novos reis-vassalos para esses países.

O segundo livro termina com a morte da imperatriz Maria Luísa e a reconciliação entre Napoleão e sua ex-amante, Josefina.

*     *     *

 

No primeiro dos dezessete capítulos do Livro Três, o Império Francês incorpora a Argélia para pôr fim às atividades piratas no Mediterrâneo.  Após essa primeira vitória, Napoleão decide incorporar todo o norte da África, do Marrocos até a fronteira com o Egito.  Dois milhões de pobres franceses emigram para as novas possessões norte-africanas.

Os capítulos seguintes tratam da abertura de novos canais de navegação e da construção de novas estradas no continente europeu; das descobertas científicas dos sábios franceses; do estabelecimento de um “conselho de reis” para assessorar o imperador em suas decisões; de revisões do sistema legal francês, ora vigente em toda a Europa e no norte da África; da organização de uma vasta enciclopédia imperial, de caráter científico, histórico e literário; e das diversas maneiras pelas quais o imperador lida com seus críticos e desafetos pessoais.

Napoleão condena o Rei da Suécia, o ex-general Murat, pelo crime de alta traição, mas acaba por perdoá-lo a poucos instantes da execução.

Os dois últimos capítulos desse livro são dedicados, respectivamente, ao pranto do imperador pela morte de sua mãe e à anistia dos débitos públicos contraídos em virtude do pagamento de reparações de guerra e à extinção de alguns direitos de herança.

*     *     *

 

O primeiro dos quinze capítulos do Livro Quatro mostra Napoleão restituindo aos contribuintes europeus todos os tributos recolhidos no exercício de 1820.

No capítulo dois, Napoleão conquista o Egito em 1821, numa campanha de desagravo à expedição militar malograda de 1798.  Nos capítulos seguintes, os exércitos napoleônicos empreendem a conquista sistemática do Oriente Médio.  Em São João do Acre, os franceses sofrem uma derrota fragorosa ante as forças do sultão otomano e Napoleão é ferido.  As forças imperiais se reúnem no cerco de Damasco, mas abandonam a cidade, dirigindo-se a Jerusalém.  Napoleão logra converter essa campanha militar numa nova cruzada: uma guerra santa entre a cristandade e o Islã.  Na Batalha de Jerusalém, Napoleão destrói todo o exército otomano, abrindo as portas para a conquista da Arábia e da Ásia Menor.  Meca e Medina são ocupadas.  Todos os templos, santuários e relíquias da fé islâmica são metódica e sistematicamente destruídos.  Ao fim de 1821, Bagdá é ocupada.  Pouco mais tarde, sob a orientação pessoal do imperador, arqueólogos franceses escavam as ruínas da antiga Babilônia.

Essa grande campanha asiática prossegue com novas vitórias das forças francesas na Ásia Central.  O Afeganistão caí em 1822.  A Índia é conquistada em 1823.  Os reinos do Sudeste Asiático são ocupados sem resistência, assim como a Malásia e a Indonésia.  O cristianismo é imposto em todas as regiões conquistadas.

Irritado com as revoltas constantes no Egito, Napoleão determina que engenheiros franceses mudem o curso do Nilo à altura da cidade de Tebas, desviando-o para o Mar Vermelho.  O norte do Egito se torna inabitável e um novo país floresce às margens do novo curso do Nilo, desde Tebas até o Mar Vermelho.

No último capítulo desse quarto livro, Napoleão conquista a China e o Japão praticamente sem derramamento de sangue.

*     *     *

 

No primeiro dos dezoito capítulos do Livro Cinco, Geoffroy discute um romance de história alternativa extremamente implausível, no qual Napoleão teria sido definitivamente derrotado em 1815 num vilarejo belga chamado Waterloo.  O ponto de divergência é situado três anos antes, na campanha de Rússia em 1812, quando as forças invasoras teriam permanecido em Moscou por incríveis trinta e cinco dias após a tomada da capital abandonada e incendiada.

Inaugurada essa tradição salutar de esboçar nossa própria linha histórica como alternativa inverossímil, esse livro trata da conquista da África e, falando em implausibilidades, da submissão pacífica e entusiástica das ex-colônias americanas à égide napoleônica.  No quesito descobrimentos, a Austrália é (re)descoberta por navegadores franceses em 1825.

Ao regressar finalmente à Europa após a conquista da Ásia, quando sua esquadra passa em frente à ilha de Santa Helena, o imperador é acometido por um mal-estar misterioso.  Perturbado, ele determina que a ilha seja evacuada e então destruída com o emprego de “vulcões artificiais” escavados em seu subsolo.  Já no arquipélago de Cabo Verde, Napoleão se depara com uma réplica monumental de si próprio, lavrada em sua homenagem no paredão rochoso de uma das ilhas, sob as ordens dos reis-vassalos da Europa.

Os últimos capítulos desse livro tratam da consolidação do Império.  A Monarquia Universal almejada por muitos cidadãos europeus começa a ser planejada por Napoleão, antes mesmo da adesão inflamada das jovens nações americanas.  Esse Estado mundial passa a existir oficialmente no dia cinco de julho de 1827.

*     *     *

 

Os quinze capítulos do sexto e último livro desse romance seminal de história alternativa tratam, sobretudo, dos avanços científicos, tecnológicos e civilizatórios proporcionados à humanidade pela Monarquia Universal.

No primeiro capítulo, Napoleão estabelece uma pátria definitiva para os judeus na ilha de Chipre.

O francês se torna o idioma universal.  A educação é pública e gratuita em todo o planeta.  As leis do Império Francês agora vigoram em todos os rincões da Terra.  Em 1827, o papa Clemente XV preside um concílio ecumênico para estabelecer o cristianismo como religião oficial da Monarquia Universal.

O capítulo seis desse último livro aborda os avanços científicos e tecnológicos dessa utopia napoleônica, dentre os quais, a disseminação do emprego das máquinas a vapor; o advento de trens elétricos, a dessalinização da água do mar; o telégrafo; os balões dirigíveis; o controle climático e a descoberta de Vulcano, o nono planeta do Sistema Solar.

O último capítulo do romance descreve de forma lacônica a morte do monarca universal em 1832.  Napoleão perece em paz, com a convicção da missão cumprida, talvez desalentado, pois já não há inimigos a subjugar ou objetivos a conquistar.

*     *     *

 

Como leitura, The Apocryphal Napoleon não chega a empolgar.  Escrita como apologia descarada à ideologia bonapartista, a narrativa exibe numerosos trechos maçantes e chega a escorregar mais de uma vez na implausibilidade, no esforço hercúleo para exibir Napoleão como um líder infalível, cujas decisões estão sempre corretas e que se mostra capaz de vencer todas as batalhas importantes.

No entanto, do ponto de vista da história do subgênero, constitui uma peça relevante, cuja primazia cumpre reconhecer.

 

 

 

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Cenários Alternativos Lusófonos III

Steampunks

Embora não constitua exatamente uma novela steampunk, Bilac Vê Estrelas (2000), de Ruy Castro, apresenta elementos do sub-subgênero ao propor como ponto de divergência o projeto de um dirigível em 1903.  Estimulado por seu amigo Alberto Santos Dumont, o escritor e líder abolicionista José do Patrocínio (1853-1905) projeta o aeróstato em pleno bairro carioca de Todos os Santos.

A trama gira em torno de uma espécie de Mata-Hari lusitana avant de lettre a soldo de espiões industriais franceses que tenta seduzir Olavo Bilac (1865-1918) a fim de conquistar acesso aos planos do projeto de Patrocínio.  No todo, trata-se de uma ideia original mal aproveitada em virtude da própria ligeireza da trama.  A ambientação é correta, porém, o ponto alto da novela é a bela homenagem não só a Olavo Bilac como à cidade do Rio de Janeiro da segunda década da República.

*     *     *

O boom steampunk na literatura fantástica lusófona eclodiu em 2009 e, passada mais de meia década, o movimento não dá mostras de se exaurir.  De lá para cá foram lançadas um punhado de antologias, reunindo trabalhos de ficção curta dentro sub-subgênero, bem como alguns romances.

Não há pretensão de empreender uma análise exaustiva de todas as narrativas steampunks publicadas por autores brasileiros e portugueses nesta última década.  No entanto, com tantos espécimes saudáveis à disposição, será possível selecionar a dedo alguns dos exemplares mais representativos do steampunk lusófono.

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Cenários Alternativos Lusófonos II

Guerras Inexistentes e Conflitos Alternativos

Embora o conto “O Colosso de Bering” (2006), de Carlos Orsi Martinho, comece no futuro, onde os planetas do Sistema Solar já foram colonizados,[1] boa parte da ação se desenrola no ano 1908 de uma linha alternativa que divergiu da nossa linha histórica em 1884, quando, durante a Conferência do Meridiano Internacional em Washington, a França logra impedir a escolha de Greenwich como meridiano de origem.  Em prol da neutralidade, define-se Bering como o meridiano de longitude zero.  De algum modo, essa iniciativa alterou outros parâmetros do sistema internacional de medidas, a ponto de a hora agora possuir cem minutos e cada minuto cem segundos (hora cosmopolita), o ano contém nove meses de quarenta dias, com cinco dias adicionais de feriados (seis nos anos bissextos), e assim por diante.

A narrativa inicia com o narrador reencontrando o amigo Tomio Arakaki, um físico brasileiro de ascendência nipônica que havia morrido dez anos atrás em um acidente.  Tomio revela que após o acidente, despertara à noite mergulhado no mar gélido.  Pouco mais tarde é resgatado por um navio que conduz refugiados russos rumo ao Estreito de Bering, onde se situa o tal colosso do título, uma estátua descomunal erigida num território neutro administrado pelo Bureau da Longitude de Paris-Rio de Janeiro.  O físico descobre que o Império Russo está em guerra contra o Império Nipônico, porque os japoneses ainda insistem em manter o meridiano de Quioto como origem das longitudes.

Tomado por espião japonês, o físico é interrogado e torturado por agentes do Bureau.  Enfim, o prisioneiro começa a desconfiar que o Bureau é um organismo internacional bem mais poderoso do que parece.  Quando o Japão capitula, desistindo do meridiano de Quioto em favor de Bering, Tomio começa a ser mais bem tratado.  No entanto, é atraído para uma armadilha preparada por um terrorista infiltrado no Colosso.  Ao perecer na explosão, desperta em Buenos Aires da nossa linha histórica meros dez anos depois da época de sua primeira morte.

Narrativa original, enxuta e bem escrita.  No entanto, os eventos se dão de forma algo gratuita.  Parece falar certa coerência ou sentido.  AH-Lite?  Pode ser.  De qualquer modo, tremendo samba do relógio doido.

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Cenários Alternativos Lusófonos I

Já se comentou em capítulo anterior que as narrativas de história alternativa, sobretudo as mais longas, como as novelas e os romances, exercem um grande apelo junto ao público leitor dos países desenvolvidos, visto possuírem o tipo de enredo capaz de agradar tanto aos fãs de ficção científica e fantasia, quanto aos amantes dos romances históricos.

Contudo, dependendo da formação acadêmica do autor, escrever história alternativa de qualidade pode revelar-se tarefa mais árdua do que escrever noutro subgênero qualquer da ficção científica.

Expostas as peculiaridades do subgênero, observa-se que, se nem tudo são flores, tampouco são apenas espinhos.  Autores lusófonos que porventura decidam escrever história alternativa contam com um trunfo poderoso que seus congêneres anglo-saxões já não dispõem há várias décadas.  Apesar de nossa relativa inexperiência no subgênero, gozamos da vantagem imensa de contar com jazidas históricas praticamente inexploradas.  Temos toda a história de Portugal e do Brasil, ainda intatas, à nossa disposição.  Ao todo, quase 1.300 anos de história documentada, isto para não falarmos da pré-história lusitana.[1]

Daí a importância para o êxito do subgênero no idioma português, que os autores lusófonos, quando decidirem singrar os meandros de nossas linhas históricas alternativas, façam-no no comando de suas próprias naus, navios construídos com seus próprios conhecimentos, junto às nossas praias e não às alheias.  Pois não faz muito sentido escrever sobre vitórias confederadas na Guerra de Secessão ou derrotas da Inglaterra para a Armada Espanhola de Filipe II.  Além da competição imensa, o autor lusófono típico não possui conhecimentos históricos tão amplos, quando comparados com o de autores que estudaram esses temas desde a infância e que dispõem de fontes de consulta mais abundantes e acessíveis do que aquelas que nos seria viável ao lusófono mobilizar.

Ao contrário, seria de bom alvitre para o autor lusófono escolher temas que lhe digam respeito e que lhe sejam caros.  Temas que tenham a ver com as histórias do Brasil e de Portugal.  Assuntos que, em tese, ele ou ela deveria ser capaz de abordar melhor do que qualquer autor estrangeiro.

No entanto, antes de avançar na preleção das temáticas lusófonas, convém fazer uma pequena digressão sobre as diferenças quanto ao ensino da história pátria em Portugal e no Brasil.

A maioria dos brasileiros estuda História do Brasil de forma intermitente, ao longo de vários anos letivos, tanto no ensino fundamental quanto no ensino médio.  Contudo, com raras exceções, nossa história não teve seu ensino valorizado.  Há membros da academia que atribuem à ditadura militar-tecnocrática parte da responsabilidade por essa obliteração do nosso passado histórico.  Aquela ditadura possuía realmente um caráter desenvolvimentista, enxergando o Brasil não apenas como o país do futuro, mas também como um país sem passado.

Os brasileiros que cursaram os ensinos fundamental e médio na época da ditadura provavelmente não tiveram a disciplina História do Brasil ministrada todos os anos.  Além disso, do ponto de vista curricular, o programa da disciplina acabava com a Proclamação da República.  Mesmo que o colégio dispusesse de bons professores de história, eles jamais abordaram tópicos que dissessem respeito ao século XX.  Revolta dos Canudos?  Nem pensar!  Tais tópicos nem sequer faziam parte da matéria cobrada nos exames de admissão às universidades.  Havia exceções?  Sim, é claro.  Poucas e louváveis.

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Histórias Alternativas em Outras Mídias

Em sua obra essencial, Trillion Year Spree (1986), o autor e estudioso de ficção científica Brian Aldiss afirma que a FC se tornou um gênero literário muito mais popular após a estreia do blockbuster cinematográfico de George Lucas, Guerra nas Estrelas (1977), filme que, segundo ele, mudou inteiramente a ordem de grandeza das vendas de livros de ficção científica mundo afora.

Ao contrário da ficção científica, gênero-mãe que lhe deu origem, a história alternativa encontra-se até os dias de hoje, praticamente restrita à expressão literária.  Quando comparado com o cenário reinante na ficção científica, são relativamente poucos os filmes, as séries, os jogos e os quadrinhos de história alternativa.  Este capítulo tratará de uns poucos exemplos de narrativas do subgênero presentes nas mídias extraliterárias.

Filmes

Não existem muitos filmes com cenários de história alternativa.  Há, no entanto, aqueles que, conquanto não constituam espécimes legítimos da expressão cinematográfica do subgênero, exibem certos elementos de história alternativa.

Uma película que se enquadra na definição de ficção científica com elementos de história alternativa é o curta-metragem “Barbosa” (1988), baseado em um conto de Paulo Perdigão, com roteiro de Giba Assis Brasil, Ana Luíza Azevedo e Jorge Furtado.  Com apenas treze minutos de duração, o curta é o drama de um torcedor, interpretado por Antônio Fagundes, que empreende uma viagem retrotemporal, aterrissando no Maracanã em plena final da Copa de 1950.  Ele pretende alertar Barbosa, o goleiro brasileiro, dos detalhes exatos do chute do atacante uruguaio que marcaria o gol da vitória da Celeste Olímpica.  Contudo, justo quando o viajante temporal chama Barbosa, o arqueiro se distrai e deixa de prestar atenção ao ataque adversário e… a seleção uruguaia marca o segundo gol!  Um belo exemplo de paradoxo temporal positivo: a intervenção no passado se faz necessária para criar o próprio passado e o presente conhecidos pelo protagonista.  Não chega a constituir história alternativa na acepção lata do termo, pois não há ponto de divergência a partir do qual a história se desvia do curso conhecido.  Mas que sabe a história alternativa, ah, isto sabe.

Outro exemplo dos tempos de antanho é o telefilme documentário inglês If Britain Had Fallen, apresentado pela BBC-TV em 1972.  O ponto de divergência se dá em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha obtém êxito na tentativa de desembarque nas Ilhas Britânicas, um plano ousado que o Alto-Comando Nazista de nossa linha temporal também acalentava na época, tendo batizado-o de “Operação Leão-Marinho”.  Após a descrição do cenário dessa operação de desembarque hipotética, o filme apresenta algumas especulações sobre os rumos que a ocupação militar nazista teria tomado, discutindo se os ingleses teriam ou não conseguido repelir os invasores.

Um exemplo mais acessível do que esse documentário inglês obscuro realizado há mais de quatro décadas é o filme A Última Tentação de Cristo (1988), dirigido por Martin Scorsese e protagonizado Willem Dafoe.  De fato, a história da vida e da obra de Jesus Cristo não é alternativa per si.  Ocorre, no entanto, que lá para o fim do filme, quando Jesus já está pregado na cruz, ele sofre justamente a última tentação do título, sob a forma de uma visão onde lhe é mostrado como será/teria sido sua vida, se ele renegar/tivesse renegado sua missão na Terra em troca da sobrevivência e de uma velhice tranquila.  Esses breves minutos de filme mostram o que teria acontecido com Jesus, seus descendentes diretos, amigos, seguidores e com o próprio cristianismo, caso ele tivesse decidido abandonar sua fé.  Admitindo-se a realidade histórica de Jesus (assunto que não se pretende abordar no espaço exíguo deste capítulo), é possível considerar A Última Tentação de Cristo senão um filme de história alternativa, pelo menos um com elementos do subgênero.

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Ficção Alternativa

Na literatura fantástica há um gênero que parece história alternativa, mas não é.  Trata-se da ficção alternativa.  Como na H.A., o autor de uma narrativa de ficção alternativa postula um ponto de divergência como origem de sua linha alternativa.  Contudo, ao contrário do que ocorre nos cenários de história alternativa, a divergência da narrativa de ficção alternativa não consiste em um evento crucial que se desenrola de maneira diversa daquela que aconteceu em nossa linha histórica.  São, antes, trabalhos de ficção reescritos com extrapolações, consequências ou finais diferentes daqueles propostos por seus autores originais.

O primeiro passo na elaboração de uma ficção alternativa consiste em se apropriar de personagens literários alheios e forçá-los a assumir papéis de personalidades históricas pretensamente reais, dentro dessa estrutura ficcional alternativa.  Nesse novo gênero literário, os pontos de partida das narrativas são justamente os finais diferentes, nos quais os tais personagens apropriados levam vidas diversas daquelas que exibiam nos enredos originais.  Outra estratégia é propor soluções de plots alternativos que se sobrepõem e subvertem os anteriores.

O caso do romance Anno Dracula de Kim Newman é emblemático.  O autor parte do clássico Drácula de Bram Stoker e propõe a divergência seguinte: o que aconteceria se a trama do conde valáquio para dominar a Londres vitoriana houvesse sido bem-sucedida?  Desse ponto de partida, Newman nos propõe uma linha alternativa fascinante onde o Conde Drácula desposa a Rainha Vitória e se torna Lorde Protetor do Império Britânico.  Enredo complexo, background rico, ação incessante e personagens instigantes unem-se na construção de um dos romances de horror e ficção alternativa mais originais e interessantes dos últimos tempos.

Reparem que não existe ponto de divergência histórico.  O caminho alternativo adotado, isto é, a sobrevivência e a vitória final de Drácula, não é e nem nunca foi uma possibilidade histórica, mas apenas uma alternativa literária.  Portanto, a rigor, romances como Anno Dracula não constituem histórias alternativas, o que não os impede, em absoluto, de constituírem grandes trabalhos literários, além de, é claro, diversão garantida.

Apesar de sua proeminência atual, Newman não foi o pioneiro da ficção alternativa.  Tal primazia é atribuída ao escritor norte-americano Philip José Farmer.  Ao longo do último meio século, Farmer se apropriou de personagens alheios tão famosos e diversos quanto Tarzan, de Edgar Rice Burroughs; Phileas Fogg, do romance A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, de Jules Verne; e Doc Savage, de Lester Dent.

Ao contrário de Newman, que sempre tomou cuidado em não empregar personagens alheios como protagonistas, Farmer jamais nutriu tais escrúpulos.  Em O Outro Diário de Phileas Fogg, ele reconta a famosa volta ao mundo explicando as verdadeiras motivações daquele milionário inglês excêntrico.  Já em Tarzan Alive, Farmer reconta a biografia de Lorde Greystoke com resultados surpreendentes.

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Steampunks

Uma das controvérsias insolúveis no estudo dos cenários de história alternativa reside nos steampunks.  Mais precisamente, se os enredos de steampunk (e seus correlatos, como o dieselpunk etc) constituiriam ou não histórias alternativas.

Os defensores da inclusão dos steampunks como histórias alternativas afirmam jamais terem lido um trabalho de steampunk genuíno que não pudesse ser considerado história alternativa.

Já os puristas advogam que tão somente as narrativas steampunk que exibam um ponto de divergência discernível devem ser classificadas como história alternativa.  Porque, alegam, muitas dessas narrativas postulam apenas cenários em que o progresso técnico e científico chegou mais cedo e se concentram no impacto desses avanços na sociedade, sem se preocuparem demasiado com a plausibilidade histórica o estabelecimento de uma linha alternativa.

Contudo, para início de discussão, cumpre definir o que é steampunk.

Polêmica em torno de um verbete

De acordo com a Encyclopedia of Science Fiction:[1] “trata-se de uma terminologia cunhada no final da década de 1980, em analogia ao cyberpunk, para descrever o subgênero moderno cujos eventos de ficção científica ocorrem sobre um background do século XIX.”

Segundo Peter Nicholls, autor do verbete “steampunk”, rezam as tradições que, embora os primeiros trabalhos de proto-steampunk tenham sido produzidos por autores britânicos, o steampunk em si é um fenômeno literário típico da ficção científica norte-americana.  Ainda de acordo com Nicholls, o subgênero apresenta “características de recorrência”,[2] isto é, certa tendência dos trabalhos mais recentes de revisitar os temas e ambientes clássicos do subgênero.

Para Nicholls, os enredos do subgênero se passam na Inglaterra, quase sempre na Londres vitoriana.  A Inglaterra retratada na maioria dos trabalhos teria pouca correspondência com a nação que de fato existiu no mundo real do século XIX, inspirando-se antes em uma ou outra versão fictícia, cuja gênese talvez remonte à crítica social presente nos romances de Charles Dickens.

Contudo, a informação mais importante diz respeito aos trabalhos considerados como steampunks que não podem ser enquadrados como ficção científica e muito menos como história alternativa.  Apenas para citar dois dentre os principais títulos cinematográficos exemplificados por Nicholls, O Homem-Elefante (1980) e O Jovem Sherlock Holmes (1985).

Na literatura de ficção científica, Nicholls classifica como steampunks romances que, embora já estejam se tornando clássicos[3] dentro do gênero, guardam pouca ou nenhuma relação com as temáticas de história alternativa.  Ao abrir o leque inclusivo em sua definição de steampunk, esse especialista admite de forma tácita a existência de narrativas steampunks que não se enquadram nos cânones da história alternativa.

Muitos amantes do gênero assumem a Encyclopedia of Science Fiction como uma espécie de Bíblia Sagrada.  Neste sentido, as definições ali contidas teriam a força da palavra de Deus.  A sacralização das definições dos especialistas e autoridades é um fenômeno bem conhecido.  Uma das reações previsíveis é a heresia e a iconoclastia.  Não espanta, portanto, que existam hereges que discordem vez por outra do Grande Pai Nicholls, afirmando que o steampunk constituiria um fenômeno exclusivo da ficção científica e que tanto Homunculus quanto Os Portais de Anúbis, dois exemplos citados pelo autor do verbete, estariam muito mais para fantasia do que para FC.  Por outro lado, como já se viu no capítulo Renascenças Alternativas, embora ambientado na Florença de Maquiavel, da Vinci e Michelangelo, e não na Londres vitoriana, o romance A Invenção de Leonardo, de Paul J. McAuley, pode ser tranquilamente considerado como um steampunk avant de lettre.

No entanto, purismos e filigranas teóricas à parte, o interesse do presente trabalho se concentra nos cenários de história alternativa.  Destarte, cumpre abordar as narrativas de steampunk que realmente contêm elementos não só históricos, mas também (e sobretudo) alternativos.

 

Steampunks Canônicos.

Considerado um dos trabalhos mais importantes do subgênero steampunk, o romance parrudo The Difference Engine (1991), foi escrito justa e ironicamente pelos dois maiores profetas do cyberpunk, William Gibson e Bruce Sterling.

O título do romance é um trocadilho, pois a “máquina diferencial” de Charles Babbage (1792-1871) foi de fato projetada em nossa linha histórica em 1822.

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Alternativas Pessoais ou Microalternativas

Uma questão pertinente que quase sempre vem à baila em discussões sobre os limites de aplicabilidade do subgênero é o quão significativa uma alteração na tessitura da linha histórica precisa ser para se constituir em um ponto de divergência.

Dentre os estudiosos de história alternativa há uma minoria empedernida que defende o argumento segundo o qual qualquer desvio, por microscópico que seja, do fluxo histórico tal como o conhecemos, constitui um ponto de divergência.  É consenso da maioria, no entanto, que somente as alterações significativas, macroscópicas por assim dizer, constituem pontos de divergência e, portanto, geram linhas históricas alternativas.  No âmbito dessa discussão, entende-se por alteração significativa a mudança capaz de perturbar a história da humanidade como um todo.

Tomando um exemplo cotidiano, vamos admitir que você, leitor, não se casasse com seu cônjuge atual, mas com outra pessoa.  Nesse caso, seus filhos seriam diferentes do que são hoje, certo?  E, dessa forma, o universo inteiro seria um pouco diferente do que é.  Tudo bem.  Porém, em termos de história alternativa, será que isto influiria decisivamente no desenrolar da história?  Depende.  Afinal, quem sabe, um de seus filhos, um do futuro do presente ou um do futuro do pretérito, não viesse a se tornar uma figura histórica importante, capaz de mudar os destinos do país, ou até do mundo?  Neste caso, sua decisão de casar com o cônjuge “A” e não com o cônjuge “B” constituiu-se em um ponto de divergência, bastante e suficiente para gerar uma linha histórica alternativa, distinta da nossa linha histórica.  Caso contrário, se nenhum dos seus descendentes, passados, presentes, futuros ou condicionais, mudar significativamente o curso da história, então, segundo os cânones vigentes, sua escolha matrimonial não gerou, gera ou gerará, uma linha histórica alternativa.

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“Hindsight” (1984) é uma noveleta que Turtledove escreveu em homenagem a John W. Campbell, editor emérito da Astounding Science Fiction com o qual o autor jamais manteve contato direto, exceto como leitor da revista.  Trata-se da narrativa da microalternativa gerada por uma norte-americana da década de 1980 que empreende uma viagem retrotemporal à década de 1950.  No intuito de evitar a decadência econômica e moral da sociedade de sua época, a viajante temporal resolve tornar-se autora de ficção científica, “escrevendo” sob seu nome os trabalhos clássicos de autoria de Heinlein, Clarke et cetera que só viriam a ser publicados anos mais tarde em nossa linha histórica.

James McGregor, editor da Astonishing Science Fiction, pede auxílio ao seu autor favorito, o narrador e protagonista da noveleta, a fim de empreender uma investigação conjunta para descobrir quem seria o escritor misterioso e bem-sucedido que enviava seus trabalhos em folhas de impressora de microcomputador.  Dentre outras coisas, “Hindsight” faz uma elegia ao ato de se escrever ficção científica na Golden Age do gênero nos EUA.  Além disso, fala da desilusão com o sonho norte-americano, da decadência dessa cultura e ainda aborda de forma pertinente, as questões do feminismo e da fidelidade conjugal.

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Alternativas Recentes

No âmbito deste trabalho, define-se arbitrariamente Alternativa Recente como aquela cujo ponto de divergência ocorreu após o fim da Primeira Guerra Mundial, um período de pouco mais de um século, portanto.

Quando se examina a relação de histórias alternativas da Uchronia listada por data do ponto de divergência, observa-se que existem relativamente poucas narrativas cujas divergências ocorreram de 1946 para cá.  Trata-se de uma escassez até certo ponto compreensível.  Os historiadores costumam afirmar que é necessário determinado distanciamento temporal entre o estudioso e seu objeto de estudo, a fim de que eventos e fatos históricos possam ser analisados de maneira imparcial, longe dos eflúvios passionais das gerações que vivenciaram os referidos eventos, não como históricos, mas como parte de suas experiências cotidianas.  Talvez algo do gênero também se dê com a maioria dos autores de história alternativa, ao menos, durante a maior parte do tempo.

Ainda assim, há narrativas que podem ser classificadas como Alternativas Recentes, como o romance Cowboy Angels, de Paul J. McAuley, cujo ponto de divergência (invenção dos portais de Turing conectando a linha histórica dos inventores às demais) situa-se em 1963.  Contudo, pareceu mais pertinentes analisar esse trabalho em particular no capítulo 5, Viajantes Temporais, Cronoterroristas, Patrulhas Temporais Alternativas.  Em virtude de sua amplitude temática, as Segundas Guerras Alternativas mereceram seu próprio capítulo e também não serão abordadas agora.  Embora seu ponto de divergência se situe na década de 1950, a noveleta “Hindsight” (1984), de Harry Turtledove, será analisada no capítulo seguinte, Alternativas Pessoais ou Microalternativas.  Enfim, as Alternativas Recentes escritas por autores brasileiros e portugueses serão analisadas no capítulo 20, Cenários Alternativos Lusófonos.

Portanto, neste capítulo serão analisadas tão somente as Alternativas Recentes não enquadradas dentro de temas específicos abordados em capítulos anteriores ou posteriores.

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Renascenças Alternativas

Se as narrativas de história alternativa que abordam a História Antiga extrarromana já constituem minoria e aquelas ambientadas em Idades Médias Alternativas se contam em números ainda menores, os enredos calcados em pontos de divergência situados no período da Renascença podem ser enumerados nos dedos da mão.

Dos poucos exemplos disponíveis, dois romances se destacam: Ariosto Furioso, de Chelsea Quinn Yarbro e A Invenção de Leonardo, de Paul J. McAuley.

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O ponto de divergência do romance de passado alternativo Ariosto Furioso: a Romance for an Alternate Renaissance (1980) é a sobrevivência do estadista florentino de Lorenzo di Medici.  O cognominado Lorenzo o Magnífico não morre em 1492, como em nossa linha histórica, e logra unificar a Itália sob a égide da cidade de Florença em 1515.  Uma linha histórica alternativa em que os navegadores italianos descobriram a América e estão começando a colonizar a costa oriental do subcontinente norte-americano.

Dezoito anos mais tarde, em Florença, capital da Itália Federada, em meio às intrigas da corte, patrocinado por il Primario Damiano di Medici, o poeta épico Ludovico Ariosto compõe uma nova obra-prima, uma peça de fantasia histórica alternativa, cuja ação se desenrola em Nuova Genova, a colônia italiana erigida na costa leste da América do Norte.  Lá, seu alter ego literário heroico — o Ariosto Furioso do título — surge invariavelmente montado num hipogrifo para engajar ao lado das nações ameríndias em sua luta contra a tirania de Anatrecacciatore, um mago poderoso, capaz de conjurar forças sobrenaturais maléficas.

Enquanto isto, na corte florentina, o Ariosto de verdade se vê em sérios apuros quando decide apoiar os Medici contra as forças de oposição, que almejam destruir a Federação Italiana.

Chelsea Quinn Yarbro logra estabelecer uma bela superposição entre as duas linhas históricas alternativas que decorrem em paralelo, sendo apresentadas em capítulos alternados: La Fantasia e La Realtà.  A narrativa que se passa na Itália Federada é de longe mais vívida e instigante do que a fantasia heroica ambientada no Nuovo Mondo.  Além disso, a autora acaba despertando a curiosidade do leitor sobre como teria sido realmente a colonização italiana alternativa na América do Norte, uma vez abstraídos os elementos fantasiosos conjurados pela imaginação febril de Ariosto.  Curiosidade que permanece insatisfeita.

A estrutura narrativa, a ambientação e o background elaborados pela autora são bastante interessantes.  O clímax, no entanto, embora bem escrito, soa algo decepcionante.

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Máquina Voadora de da Vinci

Fig. 10 — Máquina voadora concebida por Leonardo da Vinci.

 

[1].  Rafael é guindado ao posto de artista mais reputado de Florença e, por conseguinte, da Itália, depois que Michelangelo Buonarroti cai em desgraça ao falhar em concluir a pintura do teto da Capela Sistina.

[2].  Cortez já havia sofrido uma derrota fragorosa para a Marinha Florentina no Golfo do México, quando os canhões de fogo grego da República incendiaram a maior parte das naus de sua esquadra.  Porém, nessa segunda incursão, os espanhóis dispõem de navios com cascos metálicos.