Cenários Alternativos Lusófonos III

Steampunks

Embora não constitua exatamente uma novela steampunk, Bilac Vê Estrelas (2000), de Ruy Castro, apresenta elementos do sub-subgênero ao propor como ponto de divergência o projeto de um dirigível em 1903.  Estimulado por seu amigo Alberto Santos Dumont, o escritor e líder abolicionista José do Patrocínio (1853-1905) projeta o aeróstato em pleno bairro carioca de Todos os Santos.

A trama gira em torno de uma espécie de Mata-Hari lusitana avant de lettre a soldo de espiões industriais franceses que tenta seduzir Olavo Bilac (1865-1918) a fim de conquistar acesso aos planos do projeto de Patrocínio.  No todo, trata-se de uma ideia original mal aproveitada em virtude da própria ligeireza da trama.  A ambientação é correta, porém, o ponto alto da novela é a bela homenagem não só a Olavo Bilac como à cidade do Rio de Janeiro da segunda década da República.

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O boom steampunk na literatura fantástica lusófona eclodiu em 2009 e, passada mais de meia década, o movimento não dá mostras de se exaurir.  De lá para cá foram lançadas um punhado de antologias, reunindo trabalhos de ficção curta dentro sub-subgênero, bem como alguns romances.

Não há pretensão de empreender uma análise exaustiva de todas as narrativas steampunks publicadas por autores brasileiros e portugueses nesta última década.  No entanto, com tantos espécimes saudáveis à disposição, será possível selecionar a dedo alguns dos exemplares mais representativos do steampunk lusófono.

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